Administração de condomínios cresce em São Paulo
A cidade de São Paulo, maior metrópole da América Latina, tem atualmente mais de dez milhões de habitantes segundo a última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Com tanta gente e apesar do tamanho, essa “big apple” brasileira segue uma tendência mundial, a falta de espaço. Por esse motivo, nos últimos anos houve um aumento significativo no número de empreendimentos habitacionais como condomínios, construídos, em sua maioria, no lugar de antigas fábricas e residências. Em decorrência desse aumento outro mercado acabou se beneficiando, o de administração de condomínios. O serviço envolve não apenas aspectos administrativos como regulamentação de documentos e as partes financeira e jurídica, mas também infra-estrutura e segurança patrimonial e pessoal dos condôminos.
Segundo Carlos Eduardo Povoa Mariani, diretor comercial da Memphis Consultoria e Administração de Condomínios, os consumidores de hoje estão muito exigentes em relação a tudo, principalmente com o local em que eles moram. Em uma cidade como São Paulo, onde a violência aumenta a cada dia, sistemas de câmeras de segurança, seguros e outros requisitos são implementados nos condomínios pelas próprias administradoras para garantir a tranqüilidade dos moradores. Para Mariani, é necessário que haja uma boa relação entre os condôminos e a administradora, oferecendo um serviço de boa qualidade e honesto “uma chave para o sucesso”.
Atualmente quem contrata o serviço dessas empresas são, principalmente, construções novas, de edifícios recém-terminados, e construções mais antigas, que geralmente necessitam das administradoras para regulamentar documentações pendentes. Algumas construtoras também auxiliam os moradores na escolha das melhores empresas. Já os preços variam de acordo com as necessidades de cada condomínio.
Mariani diz que é importante que as pessoas prestem atenção na qualidade dos serviços que vão contratar e que paguem o valor justo para tal, pois assim evitam optar pelo mais barato e obter prejuízos no futuro.
Espaço dividido
Escritórios de advocacia e imobiliárias dividem espaço com as administradoras neste ramo, porém, oferecem um atendimento menos pessoal e mais voltado para a parte burocrática do aspecto administrativo. “Quem leva vantagem é quem consegue dar mais atenção às necessidades, logo, oferecem um serviço mais personalizado aos moradores por se dedicarem exclusivamente à prática de administrar os condomínios”,acrescenta Mariani.
Assim explica-se a crescente proliferação dessas administradoras em São Paulo. O cargo de síndico foi se adaptando ao avanço desse tipo de serviço, já que os moradores podem reclamar diretamente com a empresa, passou a abranger mais a questão social do condomínio e a intermediar a relação entre a administradora e os condôminos, promovendo, por exemplo, eventos para a confraternização de todos, argumenta o diretor comercial.Para o futuro dessas empresas, Mariani acredita que será promissor por conta do crescente desenvolvimento urbano e a conseqüente redução do espaço livre. “A tendência é da cidade crescer para cima e não para os lados, ou seja, a quantidade de condomínios tende a continuar aumentando, beneficiando as empresas administradoras”, finaliza.
Para se ter a noção exata do que isso representa, só em 2007 houve um aumento de cerca de 40% no setor da construção civil mais precisamente de condomínios fechados. Frente a isso, a expectativa do setor é de que esse número aumente entre 15% e 20% em 2008.
Fonte: Gazeta Mercantil
