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ACE abre três tipos de resseguradoras

A ACE, um dos principais grupos seguradores com sede nas Bermudas vai atuar em resseguros no Brasil de uma forma diferenciada de seus 15 concorrentes que já se instalaram no País. O grupo abrirá os três tipos de resseguradoras permitidos pela legislação brasileira: local, admitido e eventual. “O Brasil é um dos mercados internacionais de maior importância estratégica para a ACE. O compromisso da companhia com o Brasil se reflete na nossa plena participação em todos os aspectos do mercado de seguros e resseguros”, afirma Jorge Luis Cazar, presidente da ACE América Latina.
Sem revelar investimentos – o mínimo para ser local são R$ 70 milhões e para admitido, um depósito de US$ 5 milhões -, Cazar diz que o volume de aporte será baseado nos requisitos das leis brasileiras e será incrementado de acordo com os objetivos e crescimento de mercado. Cada uma das resseguradoras será representada por um braço do grupo, com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro. A resseguradora local será uma empresa nacional, chamada ACE Brasil Re. A resseguradora admitida utilizará a companhia de resseguros global, ACE Tempest Re e, como resseguradora eventual terá a ACE Property & Casualty Seguros, como matriz.
O resseguro é parte importante em todas as operações e na estratégia global de negócios da ACE. A operação usa a marca ACE Tempest Re e representa aproximadamente 10% do prêmio puro emitido pela ACE global. Em 2007, foram US$ 1,2 bilhão em prêmios com escritórios nas Bermudas, Europa, América do Norte, China e, agora, no Brasil, empregando aproximadamente 150 profissionais. “Acreditamos que a atuação no Brasil em todas as modalidades de resseguro nos dará uma grande flexibilidade nas operações, o que beneficiará a companhia e seus clientes.”.
Os principais produtos da ressegurada no País serão os seguros tradicionais, como riscos patrimoniais e de responsabilidade civil, linhas profissionais e financeiras, garantia, transportes, energia, construção e acidentes pessoais. “As apólices de acidentes pessoais, vendidas através do mercado de afinidades, têm sido o nosso nicho com maior crescimento nos últimos anos, devido à nossa capacidade de desenvolver produtos e serviços especialmente concebidos para clientes na América Latina”, diz ele.
Cazar acredita que o mercado brasileiro, que ficou por quase 70 anos sob monopólio, experimentará uma boa experiência neste período de transição. “Não somente em termos de concorrência, mas também, e em maior importância, em novas ofertas de produtos. Isso resultará em crescimento e em melhores serviços para o cliente. Nós acreditamos que a disciplina na subscrição é o que fará a diferença entre uma resseguradora e seus concorrentes”, afirma o executivo.
Como suas concorrentes, como Munich e Swiss Re, o executivo da ACE também acredita na rentabilidade da operação no primeiro ano mesmo neste momento inicial de abertura, onde se observa forte concorrência entre as resseguradoras. “A ACE não é um novo concorrente no Brasil. Nossa companhia tem uma posição sólida de rentabilidade que se ampliará como conseqüência de nossa presença no mercado ressegurador brasileiro.” No entanto, ele reconhece que a disputa por este mercado, que movimenta algo próximo de R$ 4 bilhões, é acirrada. “Manteremos nossa disciplina de subscrição de riscos.”
Uma forma de driblar a falta de profissionais no Brasil será o treinamento nas diversas empresas do grupo espalhadas mundialmente. “Nós possuímos colaboradores muito qualificados em resseguro em nossa companhia, tanto no Brasil quanto na ACE Tempest Re, nossa operação global de resseguro. Vamos trabalhar para levar a ´expertise´ em resseguro para o mercado de resseguros no Brasil.”
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Denise Bueno)

Fonte: Gazeta Mercantil

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