A importância de um time plural para atender um público cada vez mais diverso
No ano de 2019, tive a grande oportunidade de representar a operação brasileira na premiação Good Company Awards, um importante evento da Tokio Marine Holdings, e me senti encorajada, entre tantos colegas dos 45 países nos quais o Grupo está presente, a abrir a sessão de perguntas e respostas e fazer o seguinte questionamento ao CEO Global do Grupo à época, Tsuyoshi Nagano: “Por causa das inovações que temos no dia a dia, como o Sr. enxerga a importância de ter um time diverso neste cenário de novas necessidades de consumo e novos perfis de clientes?”
Antes de dar sua resposta, para minha surpresa, o executivo me devolveu o questionamento, pois queria saber se, para mim, era importante haver um time diverso, ao que respondi: “Penso que sim, pois percebo que é na diversidade de pessoas que ampliamos e alcançamos a diversidade de ideias. Com todos muito parecidos, iguais, como vamos alcançar os jovens e mostrar-lhes a importância da aquisição de seguros, por exemplo?”
A resposta de Nagano foi ao encontro de uma questão que pairava em meus pensamentos havia algum tempo. Em sua opinião, ele confirmou que um time diverso representa, entre outros fatores, vantagem competitiva, pelo simples fato de esse modelo trazer experiências e ideias diferentes para discussão. Pensar diferente e inovar para atender às necessidades dos nossos clientes são fatores que agregam valor à companhia.
Mais do que ouvir uma resposta em consonância com meu ponto de vista, tenho testemunhado, nos últimos anos, essa mudança de configuração na Seguradora da qual faço parte. É interessante observar como um universo tradicionalmente masculino, como o mercado de seguros, expandiu seus horizontes de atuação e deu espaço para a profissionalização de mulheres e pessoas mais jovens. Afinal, uma organização diversa está mais preparada para atender um público que também é cada vez mais plural e complexo.
Há alguns anos, assim como era a realidade do mercado de seguros, o perfil de quem contratava nossos produtos era predominantemente masculino. Antes, fazíamos seguros para atender basicamente às necessidades de pais de família, mas as mudanças da sociedade se refletiram no perfil do consumidor de seguros, que atualmente é representado também por mulheres, jovens, solteiros, casados, profissionais liberais, autônomos, estudantes, etc. Dessa maneira, o seguro deixou de ter uma roupagem tradicional e ampliou os horizontes para corresponder às demandas de seus mais variados públicos.
Nesse sentido, é interessante constatar também que, diferentemente do que era discutido há alguns anos, como que inovações trazidas pelo Uber e a tendência de carros compartilhados tornariam o seguro desnecessário, por exemplo, os produtos do nosso mercado acompanharam a evolução da sociedade, atraíram a atenção de outros perfis de consumidores e desencadearam novos tipos de produtos.
Entretanto, o que não mudou com a diversificação de públicos e produtos deste mercado foi a essência que norteia esse setor. Sou encantada pelo universo de seguros devido ao fato que devolvemos à sociedade em forma pagamentos de indenizações. Para se ter uma ideia, na Tokio Marine Seguradora, por exemplo, cerca de 60% do faturamento retorna em pagamentos de sinistros.
Por isso, trabalhar em uma seguradora é algo que está alinhado com meus valores. Como mulher e profissional que foi a primeira estagiária da Tokio Marine, percebo como a existência de um time composto por pessoas de diferentes gêneros, faixas etárias, etnias, origens, etc., se reflete em benefícios no atendimento aos consumidores.
Dessa maneira, também me sinto responsável por falar sobre a importância da diversidade no nosso setor e, assim, inspirar outras pessoas nesta importante jornada.