Mercado de SegurosNotícias

Regras do microsseguro ficam prontas no começo de 2013

Segundo Eugênio Velasques, presidente da comissão de microsseguros da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), o início do próximo ano marca a fase prática do setor, no qual os produtos com o nome microsseguro estarão disponíveis no mercado. Bradesco Seguros, Banco do Brasil & Mapfre, Mongeral Aegon, Metlife, Icatu, Zurich e Generali são as empresas que já realizaram o registro na Superintendência de Seguros Privados (Susep).
A implementação do microsseguro teve início em 2008 e foi finalizada em junho desse ano, quando a Susep publicou as oito circulares de regulamentação, que definiram, por meio de votação, a venda por meio remoto (celulares), pelos correspondentes bancários, as regras de solvência e o vínculo aos títulos de capitalização. As circulares foram complementares à Resolução 244 do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), de dezembro do ano passado.
“Ontem [segunda-feira] realizamos a última reunião e terá mais uma com a Susep. Na segunda semana de fevereiro teremos um seminário para dar início à fase prática, com foco no produto, divulgação, etc. A concretização para o consumidor”, diz Velasques, que também é diretor da Bradesco Seguros.
No banco, o microsseguro ainda está em fase piloto, com a venda de produtos populares por meio de correspondentes bancários com a máquina POS (de cartão), e com corretores, que utilizam o celular. “No nordeste vendemos 12 mil apólices em seis meses. A meta é que em 2013 tenhamos 10 mil correspondentes em todo o Brasil”, afirma o diretor.
Questionado pelo DCI sobre o objetivo do microsseguro, já que o valor da apólice é baixo, Velasques afirma que não está no lucro, mas na fidelização do cliente. “É a alfabetização no processo educacional. A construção do alicerce para adquirir outros produtos [de seguros]”.
Após quase seis meses de aprovação, ainda não há o produto em circulação. De acordo com Luciano Portal Santanna, superintendente da Susep, a demora do processo é normal, pois a autorização da autarquia segue uma série de normas. “Mas no início do ano saem as primeiras.”
Santanna considera a regulamentação do microsseguro entre os principais avanços dados pelo setor em 2012. “Demos um grande passo no sentido da inclusão social com a regulamentação do microsseguro. Em 2013, com a aprovação dos primeiros produtos, terá o desenvolvimento de novos produtos”, afirma.
Jorge Hilário Gouvêa, presidente da CNSeg, diz que além da expansão do microsseguro o ano de 2012 foi marcado pela entrada de novos consumidores, principalmente da classe C. “Tivemos um crescimento acima da expansão econômica brasileira em um ano onde houve retração do PIB [Produto Interno Bruto] e queda da Selic [atualmente em 7,25% ao ano]”.
Para o final de 2012, o presidente da CNSeg prevê que o setor de seguros, previdência e capitalização deve apresentar crescimento entre 16% e 17%, percentual superior ao projetado no início do ano, de 12%. “Destaque para previdência, capitalização e a garantia extendida.”

Fonte: DCI OnLine

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?