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Área de Tecnologia da Informação preocupa seguradoras

As seguradoras se preparam para absorver um volume crescente de riscos digitais. Só na Europa, empresas perderam mais de 17 bilhões de euros ao ano devido a falhas de tecnologia de informática (TI). Segundo o consultor sênior de riscos da divisão Risk Consulting Liability da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), José Fidalgo, para desenvolver apólices adequadas às necessidades dos clientes, as companhias precisam mergulhar no universo da TI para conhecer, em profundidade, o nível de riscos a que estão sujeitos. “O ponto inicial para obter sucesso é conhecer as dependências e os processos de TI e infra-estrutura digital para mapear os riscos dos clientes”, afirmou Fidalgo.
Ao participar do Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, nesta quinta-feira em São Paulo, promovido pela Allianz Seguros, Fidalgo explicou que só após conhecer os riscos de exposição a ameaças cibernéticas é possível classificar a possibilidade de sofrer ataques, além de produzir melhoras contínuas e significativas em busca da prevenção dos problemas. “Somente conhecendo as vulnerabilidades é possível atacá-las para aperfeiçoar os processos da cadeia de valor digital da empresa”, afirma.
Mesmo com a área de TI sendo uma das chaves do processo, o executivo ressalta a importância de levar em consideração outros fatores para reduzir os impactos dos riscos cibernéticos. “Não se pode ficar limitado à TI, É preciso conhecer bem o setor de atuação da empresa. Minha tarefa como consultor de riscos é produzir um valioso conjunto de informações para atender o cliente e, pelo lado da seguradora, tornar os riscos aceitáveis.”
No Brasil, a Allianz já contempla, em suas apólices, alguns tipos de crimes virtuais, lembra Angelo Colombo, diretor de Grandes Riscos da seguradora no país. “O seguro de lucro cessante, que tem como objetivo reduzir os prejuízos de empresas que sofreram ataques ou paralisação de atividades nos negócios motivados por ataques, é um exemplo de produto disponibilizado no mercado local.”
Segurança jurídica
Embora estime em 95% o percentual de crimes praticados por meios digitais já cobertos pelo direito brasileiro, o advogado Rony Vainzof, especialista em Direito Eletrônico e sócio do Opice Blum, Abrusio e Vainzof Advogados Associados, acredita que é preciso melhorar o arcabouço legal sobre o tema. “Precisamos incluir invasão de privacidade virtual e disseminação de código malicioso na legislação”, sugere.
Para o advogado, ampliar penas e reforçar o aparato de investigação policial envolvendo crimes digitais são formas eficientes e complementares de reduzir futuros danos a empresas e usuários da internet.

Fonte: Monitor Mercantil

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