Corretor é Solução para Riscos Declináveis
Será que os riscos declináveis são o problema ou a solução?. Esse questionamento foi feito pelo advogado, Antônio Penteado Mendonça, durante sua apresentação As oportunidades do mercado nos Riscos Declináveis, no 3º Simpósio Paranaense de Seguro.
Na palestra, Penteado explicou como a partir da Circular 22 da Susep, vários produtos que possuíam aceitação automática, passaram a ter grandes dificuldades de colocação e aceitação das seguradoras. Será que as seguradoras preparam departamentos para negociar seriamente resseguros com as resseguradoras internacionais? Será que o IRB, que no passado dava cobertura para os riscos declináveis, não tem toda tecnologia possível para entrar no mercado e voltar a ser uma grande resseguradora, trabalhando com riscos que já fez e que conhece o desempenho?
O advogado afirma que toda crise é um momento de oportunidade e que o diferencial desse quadro se chama o corretor de seguros. A solução para os riscos declináveis não vai vir de seguradoras, resseguradoras ou do governo, mas sim do corretor. O primeiro passo é ele ter competência para entender o cenário em que as coisas estão acontecendo. Também, profissionalismo para ver as possibilidades concretas de como fazer e estruturar os negócios. E conhecimento técnico, porque será preciso conversar com as seguradoras e convencê-las de que aquele negócio é bom, aponta.
Penteado acrescenta que o corretor precisará ter confiança e noções de marketing, para que seja possível desenhar um produto que sensibilize e ganhe força, convencendo sindicatos e corporativas, para que quando apresentado, o risco seja levado junto com outros ramos de seguros. Ainda, aprender que remuneração diferenciada pode ser um caminho muito inteligente. Remuneração variável, começo com uma comissão mais baixa para mostrar que o negócio e viável. Se a sinistralidade começa a cair, minha comissão começa a subir, explica.
O advogado ainda comentou que a queda dos juros vai obrigar a melhoria da eficiência em cada negócio. As grandes seguradoras nacionais não têm por que investir, mas as menores se não investirem, vão sair do mercado. Os juros estão caindo no mundo inteiro, e para seguro, juro cair é um desastre, finaliza.
Fonte: CQCS