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Terceirização avança mais rápido do que salários

A mão de obra terceirizada no estado de São Paulo somou 700 mil trabalhadores em 2010, num total de 5,4 mil empresas. O número é um salto relevante em relação a 1995 – 110 mil empregados em 1,2 mil empresas, segundo estudo divulgado hoje pelo Sindicato que representa trabalhadores terceirizados no estado de São Paulo (Sindeepres). Mais contingente não significou, no entanto, melhora significativa no nível salarial: em 1995, o terceirizado recebia 45% do salário médio de um trabalhador com carteira assinada no estado, patamar que chegou a 54% em 2010.
Elaborado a pedido do Sindeepres pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em economia do trabalho, Marcio Pochmann, o estudo mostra a evolução da terceirização no estado a partir de dados fornecidos pelas empresas.
O levantamento aponta que a terceirização ganhou importância na segunda metade dos anos 90, época de abertura comercial e de ações governamentais voltadas à desregulamentação do mercado de trabalho.
Segundo o estudo, em 2010, 59% dos trabalhadores terceirizados tinha ensino médio, nível acima de 1995 (16%) e de 1985 (5%). “Esse é um dado que demonstra como a terceirização se modificou e hoje está mais voltada para atividade fim e não apenas meio como era antes.Há muitos terceirizados em áreas como TI ou em bancos.
De cada dez trabalhadores um já possui nível superior”, diz Pochmann.
Para o presidente do Sindeepres, Genival Pereira Leite, a grande batalha agora deve ser para a regulamentação da terceirização.
“Temos que melhorar as condições para o trabalhador. A partir de janeiro vamos coletar assinaturas para pressionar o Congresso a elaborar um Projeto de Lei para acabar com a insegurança jurídica do setor”.

Fonte: Brasil Econômico

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