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Cresce número de mulheres participando da Expo Money

Angelo Pavini
O número de mulheres procurando informações sobre investimentos e mercados está crescendo, conforme mostram as inscrições para a Expo Money, maior evento de educação financeira do país. De acordo com a GEO Eventos, organizadora do evento, as mulheres respondem por 38,6% das 2.534 inscrições deste ano em São Paulo, o maior porcentual desde o início da Expo Money em 2004. No ano passado, elas responderam por 36,1% dos participantes. Em 2004, esse porcentual era de apenas 15%. A Expo Money acontecerá de 22 a 24 de setembro no Transamérica Expo Center.
A expectativa para este ano é de um aumento de 11% no público do evento, para 20 mil pessoas, afirma Robert Dannenberg, diretor executivo da GEO Eventos. Segundo ele, a crise dos mercados acaba atraindo mais o público para o evento, em busca de orientação. “O foco será o cenário internacional e a crise, mas o Brasil está no centro das atenções e queremos nos apropriar dessas atenções”, diz. A proposta é mostrar como lidar com a crise usando educação financeira, planejamento e disciplina, analisando as estratégias que deram certo e as que não deram.
O perfil dos investidores ficou praticamente igual, com a maioria, 31,2%, se dizendo conservadora. Chama a atenção a parcela dos arrojados, que passou de 12,1% em 2010 para 13,2% este ano. Talvez por causa do resultado ruim da bolsa no ano passado e da forte queda neste ano, o porcentual de participantes investindo em renda variável caiu. Na compra de ações direta, o total caiu de 35,4% em 2010 para 31,2% este ano, enquanto os que aplicam em fundos de ações caíram de 19,9% para 16,9%. Multimercados e clubes de ações também recuaram, enquanto imóveis e poupança cresceram.
Há um aumento do público mais jovem também na edição deste ano. A parcela dos inscritos abaixo de 25 anos é de 31,1%, para 28,4% da edição de 2010. E a de 26 a 34 anos subiu de 33,9% no ano passado para 35,1% este ano. Diminuíram os participantes na faixa entre 35 e 47 anos, de 25,7% em 2010 para 24,2% este ano. Dos 48 aos 59 anos, o porcentual caiu de 9,1% para 7,4%.
Sobre previdência privada, um dos focos do evento, a maioria dos inscritos pensa em fazer, com 45,7%, acima dos 41,4% de 2010. Já os que possuem previdência privada caíram de 28,6% em 2010 para 27,5% este ano. E os que dizem que nunca farão um plano caíram de 13,7% para 11%. Até por conta da crise nas bolsas e da redução do interesse dos investidores por risco, a Expo Money deste ano está ampliando seus assuntos para além do mercado financeiro. “Vamos ter também maior ênfase no lado profissional e pessoal, abordando questões ligadas à carreira e à qualidade de vida das pessoas”, afirma Dannenberg.
Com isso, o evento se aproxima do cidadão comum, evitando o excesso de temas técnicos ligados à economia e ao mercado financeiro. “Adotamos o conceito de shopping do seu dinheiro, aproveitando este momento de crise para abrir os horizontes para os participantes”, diz o executivo. “Fazer um curso, investir em educação, por exemplo, também são investimentos importantes”, acrescenta.
Haverá também espaço para franquias e empreendedorismo, que complementam o universo de investimentos.
Entre os convidados deste ano estão o grafista americano Greg Morris, conhecido por traduzir os gráficos para o investidor individual, e o português Pedro Quiroga, autor do best-seller “O primeiro milhão para casais”.

Fonte: Valor

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