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Na contramão do relacionamento

Não existe nenhum segmento de mercado que não diga que tem a receita correta para o sucesso. Com o mercado segurador, não é diferente. Terminado o XIV Conec – Congresso de Corretores de Seguros de São Paulo – maior evento brasileiro do setor – pode-se perceber que não faltaram “receitas”, nem interessados de ambos os lados, a firmar uma parceria vencedora “como um passe de mágica”.Impulsionadas por um crescimento de 16% somente no primeiro trimestre de 2010, acumulando 41 bilhões de reais, as seguradoras projetam um cenário cada vez mais promissor, havendo até quem defenda a criação do Ministério dos Seguros.Como em todos os eventos organizados pelos Sindicatos dos Corretores de Seguros, brilharam as seguradoras, que entre comidas, bebidas, sorteios e shows, mostraram sua força e a mesma retórica de sempre: “a parceria com o corretor de seguros”.A ênfase de hoje são as transformações do mercado consumidor, inovações tecnológicas e qualificação. E, neste aspecto, pesam sobre os ombros do corretor de seguros o dever e o desafio de superar mais estas dificuldades.Na comparação seguradoras/corretores, as seguradoras – sempre à frente – já elaboraram estudos sobre os consumidores, investiram em novas tecnologias, micro-seguros, novos produtos e canais de distribuição. Enquanto isso – e apesar de declarações contrárias -, pouco ou quase nada investiram no corretor de seguros, sendo que, quando o fizeram, fora para transferir obrigações ou com palestras motivacionais para divulgar e vender seus produtos.Na contramão da sua retórica, as seguradoras reafirmaram o interesse na criação e regulamentação da figura do agente de seguros, o qual, em tese, teria sua atuação restrita à comercialização e à regulação de sinistros direcionados as classes de baixa renda. Algum corretor acredita?Uma coisa é certa, precisamos rever a relação corretor/seguradora, traçar novos caminhos, equilibrar e aparar as diferenças, “colocar os pingos nos is”, renovar as “juras de amor”, ou, quem sabe, contratar um(a) psicólogo(a) para fazer uma terapia de casal, e mostrar aos envolvidos que um não vive sem o outro, acabando definitivamente com estas ameaças de “traição” e tudo mais o que passa por aquelas cabeças.

Fonte: Segs.com.br

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