Produtos ligados ao consumo sobem 30%
Enquanto o mercado de seguros como um todo cresceu 21,6% no primeiro bimestre do ano, as vendas das modalidades de seguros ligadas ao consumo de bens e serviços subiram acima de 30%, depois de fecharem 2009 estáveis, com pequena queda de 0,7%, afetadas pela crise econômica. Os desempenhos dos seguros de garantia estendida, crédito pessoal e prestamista, que faturaram R$ 750 milhões, indicam que o brasileiro foi às compras no começo do ano, aderindo a coberturas securitárias.Pelos dados da Superintendência de Seguro Privados (Susep), a carteira de garantia estendida, seguro que prolonga por um ou dois anos a garantia de fábrica, foi a que mais cresceu nos meses de janeiro e fevereiro.A alta foi de 49,3% sobre igual período do ano passado.O faturamento chegou a R$ 227,4 milhões, captados para proteger particularmente eletrodomésticos e equipamentos eletrônicos, com cobertura que inclui reparo ou troca.No fechamento de 2009, a conjuntura mostrava outra realidade, com o seguro de extensão de garantia patrimonial despencando 18,9%. Na ponta do ranking, pelos números do começo deste ano, estava a Itaú Unibanco, que opera com a Garantech. Sua parcela de mercado foi a 61,5%, seguida, à distância, pelas norte-americanas Virginia Surety (16,6%) e Assurant (8,9%).No seguro de crédito interno, risco pessoal, o faturamento também ganhou grande impulso no começo deste ano, depois de passar por um processo de depuração ao longo de 2009, ano em que a carteira, além de sentir os efeitos da crise econômica, herdou o recrudescimento da sinistralidade dos dois exercícios anteriores, com valores que comprometeram mais de 75% da receita de prêmios ganhos. Resultado: os prêmios desabaram 29,8% em 2009, mas o índice de sinistralidade fechou em 45%.RETOMADA. Ao entrar em 2010, o seguro de crédito pessoal, que cobre inadimplência do tomador, ostentava crescimento de 27,1% sobre janeiro e fevereiro do ano passado. As vendas chegaram a R$ 31,1 milhões, com taxa de sinistro negativa.Na carteira, a liderança também foi ocupada pela Itaú Unibanco, (32,2% do faturamento nacional), seguida da Bradesco (23,8%) e da Caixa Seguradora (23,4%).Destinado a quitar o saldo devedor de financiamento de bens e serviços, principalmente em caso de morte do tomador, o seguro prestamista está em ascensão desde o ano passado, fechado com incremento de 17,8%. Nos dois primeiros meses deste ano, os dados da Susep mostraram vendas ainda mais aquecidas: alta de 23,1%. A receita chegou a R$ 491,3 milhões, com a Santander Seguros liderando o segmento ao deter parcela de 20%. Em seguida vieram Itaú Unibanco (13,3%) e Bradesco (11,4%).
Fonte: Jornal do Commercio