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Com verba de R$ 85 milhões, HSBC foca produto

O HSBC sempre se orgulhou de ser um banco global, com presença em 85 países, da Suíça ao Sri Lanka, o que fez da instituição uma das maiores redes do mundo, com 9,5 mil agências. Mas agora o seu plano no Brasil é tornar-se um banco mais local. Com esse foco, decidiu aumentar este ano em 57% a verba de marketing destinada a produtos, chegando a R$ 85 milhões, com ações que vão do merchandising no programa Big Brother Brasil, da Rede Globo, até eventos de degustação de vinhos para pequenos empresários.
O objetivo é vender mais HSBC Premier (para clientes de alta renda), produtos do HSBC Empresas e itens para pessoa física, como seguros, cartões, crédito imobiliário e investimentos. O reforço na estratégia é mais do que justificado. Desde setembro de 2008, quando ocupava a sétima posição no ranking de ativos do Banco Central, o HSBC vem observando uma movimentação incomum no mercado nacional. A crise global apressou a união de dois grandes competidores locais – Itaú e Unibanco -, enquanto os estrangeiros Santander e ABN Amro avançam na integração das suas operações, e o, até então líder, Banco do Brasil (BB) sai às compras, com as recentes aquisições da Nossa Caixa e de parte do banco Votorantim. Além disso, grandes bancos públicos – BB e Caixa Econômica Federal (CEF) – são instados pelo governo federal a aumentar a oferta de crédito.
“Depois de consolidar a marca no Brasil e no mundo, o HSBC está pronto a reforçar a sua comunicação em produto, mostrando seus diferenciais competitivos”, diz o diretor de marketing do HSBC no Brasil, Marcelo Velloso.
O executivo se refere à conquista em 2009, pelo segundo ano consecutivo, da liderança no ranking das marcas financeiras mais valiosas, elaborado pela Brand Finance para a revista inglesa “The Banker”. O nome do HSBC foi avaliado em US$ 35,4 bilhões.
No Brasil, no entanto, será preciso bem mais do que uma marca forte para ganhar espaço. Embora reconheça o avanço do HSBC no mercado brasileiro, desde a compra do Bamerindus em 1997, o analista da Lafis, Leandro Máximo, diz que a instituição precisa ter fôlego para reagir ao movimento desencadeado pelos bancos públicos, que facilitaram o crédito. “Todos os bancos, por sinal, devem se tornar mais agressivos na oferta de produto”, diz ele.
Em 2008, foram incorporadas ao marketing do HSBC as áreas de produto para pessoa física e de gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês, antes sob o comando de varejo). Atualmente, o banco mantém no ar 250 campanhas em caixas eletrônicos, internet e call center. “Posso oferecer o crédito automático para quem acessa o caixa eletrônico e está usando o cheque especial”, diz Velloso.

Fonte: Valor

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