Com a crise, cuidar da saúde pode pesar mais para o bolso
A crise que atingiu o sistema financeiro do mundo não está apenas concentrada nas bolsas de valores, seus números e índices. Ela atinge também setores essenciais para a vida do cidadão. A saúde, por exemplo, é uma dessas áreas e o consumidor já deve estar sentindo a diferença.A falta de crédito, o aumento nos preços com manutenção e remédios, além do encarecimento dos exames podem pesar no bolso daqueles que precisam cuidar da saúde.Por que ficou mais caro?Com a crise, o real se desvalorizou frente ao dólar, o que significa que tudo que compramos lá fora está saindo mais caro. Como boa parte dos insumos e medicamentos são provenientes do exterior, os fabricantes e operadoras de saúde estão pagando mais por eles e repassando o custo ao consumidor.O diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguros, Henrique Oti Shinomata, afirma que muitos planos de saúde já começaram a repassar o aumento no custo aos consumidores. Segundo ele, os consumidores “contarão com assistência médica menos efetiva”.Ele ressalta também que “no caso das empresas, o RH já sente o aumento das despesas no setor, que chegará a 10% em 2009”. Apesar do real impacto nos preços dos insumos do setor, Shinomata questiona se o repasse é realmente necessário, “afinal, quando o dólar estava contado a R$ 1,65, não houve um barateamento dos planos”, afirma.Como prevenir o bolso?Para o orçamento não entrar em colapso quando for necessário recorrer a algum serviço médico ou medicamentos, Shinomata ressalta a necessidade de mudar hábitos, cuidando mais da saúde e não da doença. “Esse é um modelo pró-ativo, baseado no sistema de cuidados, com programas de prevenção personalizados, detecção precoce de doenças, tratamentos e gerenciamento de casos crônicos, que foca os gastos no setor com mais eficiência”.
Fonte: InfoMoney