Seguro popular para o mercado
O Brasil tem hoje mais de 110 milhões de consumidores da chamada baixa renda, com poder de consumo anual superior a R$ 500 bilhões. O microsseguros, como foi nomeado pelos analistas os novos produtos oferecidos pelas seguradoras, aguardam incentivos do Governo Federal para chegar ao brasileiro. A expectativa das seguradoras é oferecer planos voltados para as áreas de educação, saúde, reparação patrimonial, seguros de vida e automotivos para os carros antigos, com mais de seis anos de uso.
Para Henrique Berardinelli, superintendente comercial da Escola Nacional de Seguros, os produtos deverão ter custo bem acessíveis ao trabalhador. Acredito que o valor do prêmio deverá ser bem barato, algo em torno de R$ 4,00, para ser realmente um produto popular e conseguir atrair um grande número de segurados.
Atualmente, as estratégias das seguradoras para conquistar o consumidor de baixo poder aquisitivo variam. As mais tradicionais ainda apostam na figura do corretor. Outras, mais ousadas, tentam massificar suas vendas e procurar estabelecer parcerias com outros setores, como lojas de departamentos. O sócio da Correcta Seguros, Bruno Kely, afirma que as classes C, D e E ficarão focadas em seguro de pessoas. Esse nicho da sociedade busca seguro de acidentes pessoais e seguro de perda de renda. Elas precisam garantir o futuro caso falte dinheiro.
Para conquistar novos clientes, porém, as seguradoras encontrarão alguns obstáculos, como a falta de conhecimento do produto por parte das camadas mais populares, o que leva muitas pessoas a não entender a necessidade de possuir um seguro. Com o objetivo de debater o potencial de consumo de seguros por brasileiros de baixa renda, a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) promoverá, amanhã, dia 16 de dezembro, a palestra O Consumidor de Baixa Renda e o Seguro Popular, em São Paulo.
Fonte: Escola Nacional de Seguros