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Preço do resseguro deve voltar a subir em 2009, diz pesquisa

O setor de resseguro mundial já pode se preparar para um aumento dos preços a partir de 2009. Segundo pesquisa da Risk & Insurance Management Society Inc. (Rims), organização que reúne cerca de 1,2 mil gerentes de risco das principais empresas americanas, o período de queda das taxas de resseguro parece estar chegando ao fim, depois de quase cinco anos de um período conhecido como soft market.
Quase por unanimidade, os gerentes de risco acreditam que os preços começarão a subir rapidamente, em razão do “caos” da economia mundial, agravando-se em 2009 com a recessão em vários países.
A última pesquisa, referente ao terceiro trimestre do ano, aponta de que os preços de vários tipos de seguros ainda continuam em baixa, mas se percebe uma deterioração do resultado de subscrição. As seguradoras estão registrando perdas com ativos financeiros e elevação do índice de sinistralidade com as catástrofes naturais, principalmente com os furacões Ike e Gustav, com estimativas de custos de US$ 20 bilhões. Com isso, a tendência é de agravamento dos preços para recuperar a rentabilidade reduzida pelos fracos resultados de subscrição, perda com investimentos e aumento de indenizações.
A pesquisa aponta de que a média de prêmios de responsabilidade civil neste terceiro trimestre caiu 9,6%. Em bens patrimoniais, a queda foi de 8,5%. Em directors & officers (D&O), os prêmios recuaram 2,1%.
Para representantes do setor, o Brasil também sentirá o aumento das taxas de resseguro, principalmente com a abertura do mercado. Para Adilson Neri, membro da Fenaseg e diretor de ramos elementares da Porto Seguro, como a abertura do mercado de resseguro no País é recente, é natural que no momento exista competição, provocando redução de preço. “Em 2009, à medida que passa o tempo, a situação ficará mais arriscada.” Para Neri, a escassez de capital devida à crise vai impactar no preço do resseguro, que será percebido em janeiro de 2009, quando vence a maioria dos contratos de resseguro no exterior. “No Brasil esses contratos vencem entre abril e junho, então vamos sentir o aumento dos preços com alguns meses de diferença.”
Para Neri, o Brasil tem a vantagem de estar livre de grandes catástrofes, e, além disso, o subprime não atingiu o País, salvo pela quantidade de recursos que empresas tiveram de liberar no mercado doméstico para cobrir seu rombo no exterior.
Segundo Nicolau Daudt, presidente da JLT Corretora de Resseguros, o Brasil vai ser afetado devido à participação de resseguradoras estrangeiras no País, principalmente após a abertura. “A corretora não consegue mais reduzir os preços dos contratos. 2009 será um ano hard.”

Fonte: DCI OnLine

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