Seguradoras investirão R$ 1,4 bilhão em TI
A crise, por enquanto, não atinge as pretensões do mercado de seguros de investir forte em Tecnologia da Informação (TI). Segundo o presidente da Comissão de Processos e Tecnologia da Informação da Confederação Nacional de Seguros (CNSeg),Sidney Dias da Silva, este ano, os investimentos do setor em TI deverão chegar a R$ 1,4 bilhão. Ele assegura que essa cifra será ainda maior em 2009.
Sidney Silva acrescenta que as seguradoras investem, em média, a cada ano, o correspondente a 2% do seu faturamento na área de Tecnologia da Informação. Ele ressalta que esse percentual não inclui os aportes feitos pelos segmentos de saúde e capitalização e, no caso de previdência privada, só engloba a carteira de VGBL.
O cenário é amplamente favorável. Há uma demanda aquecida por parte de um mercado que necessita comprar tecnologias capazes de ampliar a eficiência operacional, baixar custos operacionais e oferecer serviços cada vez mais próximos dos similares ofertados pelo home banking. As empresas de Tecnologia da Informação garantem ter produtos adequados para atender sob medida o setor de seguros.
Essa relação foi discutida no IV Insurance IT Meeting, promovido pela CNSeg, em Angra dos Reis, no final da semana passada.
O encontro foi marcado por um tom otimista. Vários especialistas asseguraram que, em 2009, surgirão muitas oportunidades de negócios para os fornecedores de sistemas de informática. As seguradoras terão de adquirir sistemas para atender aos novos padrões de relatórios contábeis e financeiros fixados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para vigorar em 2010, equivalentes aos da International Financial Reporting Standards (IFRS), explicou Sidney Silva.
Essa tendência foi reforçada pelo resultado de pesquisa realizada pela Accenture em parceria com a Rating de Seguros Consultoria junto a 25 executivos de seguradoras no País. De acordo com o estudo, 60% dos entrevistados concordam que o avanço da Tecnologia da Informação vai beneficiar, simultaneamente, a eficiência operacional, a redução de custose os controles internos.
Ainda no encontro de Angra dos Reis, o diretor de Projetos e Serviços da CNSeg, Horácio Cata Preta, relatou a bem-sucedida experiência de compartilhamento de dados do mercado segurador, por meio do case da Central de Serviços. Ele destacou que a Central de Serviços hoje conta com 24 bancos de dados e, em conseqüência, agrega valor aos serviços e produtos do mercado.
Em 2009 serão lançados o Siscor (Sistema de Controle de Ofertas Preferenciais de Resseguro) e o Silag (Sistema de Liquidação e Liberação Automática de Gravames de Veículos Indenizados Integralmente).
Fonte: Jornal do Commercio