Aegon recebe ajuda de US$ 3,7 bi do governo
A Aegon, uma das maiores seguradoras da Holanda, informou ontem que deverá receber investimentos de US$ 3,7 bilhões do governo daquele país por conta de problemas financeiros gerados pela crise econômica mundial -a direção da empresa se prepara para anunciar perdas de US$ 436 milhões no terceiro trimestre deste ano e cancelou dividendos e bônus extras para seus executivos até o final de 2008.
“Nós saudamos este capital adicional que o estado holandês forneceu neste momento de incerteza e de tumulto econômico sem precedentes”, disse em um comunicado o principal executivo do grupo segurador, Alex Wynaendts. Em 9 de outubro, o diretor chegou a declarar que a Aegon poderia manter suas classificações de crédito sem levantar capital novo. A ajuda é a terceira intervenção governamental holandesa neste mês. O Ministério das Finanças e o Banco Central do país já desembolsaram cerca de US$ 30 bilhões para reforçar o capital dos grupos financeiros Fortis e ING.
As ações da Aegon fecharam em queda de 11% na última segunda-feira devido à especulação de que um acordo estaria prestes a ser fechado. Ontem, o recuo foi de 4,1%, para US$ 4,04. Desde janeiro, as perdas estão em torno de 75%. A companhia era considerada uma das mais vulneráveis da Europa porque dois terços de suas operações estão nos EUA, administra a seguradora Transamerica. No mês passado, a Aegon entrou no Brasil, com a aquisição de 50% das ações da Mongeral, uma das mais tradicionais empresas de seguros do País.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 2)(Dow Jones Newswires)
Fonte: Gazeta Mercantil