Congresso reunirá em São Paulo corretores de vários países
Entre os dias 2 e 4 de outubro acontece no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, a 13ª edição do Conec (Congresso dos Corretores de Seguros), evento voltado para reciclagem e relacionamento entre corretores de seguros de toda parte do mundo.
A expectativa, de acordo com a organização do congresso – realizada pelo Sincor (Sindicato dos Corretores de Seguros, Empresas Corretoras de Seguros de Saúde, de Vida, de Capitalização e Previdência Privada no Estado de São Paulo) -, é da participação de 6 mil congressistas. Os inscritos já somam 4,7 mil.
A proposta, segundo Leôncio de Arruda, presidente do Sincor, é proporcionar aos corretores de seguros 32 palestras com os melhores especialistas do mercado nacional e internacional. “A idéia é oferecer subsídios aos corretores para que o cliente valorize cada vez mais esse profissional”, afirma Arruda.
As apresentações terão cunho técnico, motivacional e de orientação ao corretor de seguros, e acontecerão em quatro auditórios simultâneos. O tema desta edição do evento é: “Seguro, só com corretor de seguros”, cuja proposta é propiciar uma reflexão sobre o papel do profissional no cenário atual.
O presidente do Sincor conta que, este ano, o enfoque do congresso será na oferta dos produtos microsseguro e seguro popular. “São duas categorias novas no mercado brasileiro e que ainda tem muito a ser disseminadas”. Segundo ele, existem hoje cerca de 30 milhões de veículos, entretanto, apenas 10 milhões possuem seguro. O intuito é oferecer o seguro popular aos que não têm condições de pagar pelo convencional. “O preço deve cair pela metade, com cobertura de perda total”, explica. No caso de batida no pára-choque, por exemplo, a reposição é feita por pagamento em dinheiro, e não com uma nova peça.
Em relação ao microsseguro, o 13o Conec vai trabalhar a importância do seguro de vida, cuja apólice pode ser adquirida pelo pagamento de R$ 10 por mês. “É possível juntar até R$ 40 mil, R$ 50 mil para o beneficiário com uma contribuição mensal desse valor”, diz Arruda. Outro exemplo que será apresentado durante o evento é o seguro que, a partir de R$ 4 mensais, cobre os custos com caixão, flores e demais despesas de enterro. “É uma outra modalidade de seguro de vida, mais direcionado”, justifica.
Mercado
Existem hoje no País 70 mil profissionais, sendo 40% pessoa jurídica e 60% pessoa física. Somente no Estado de São Paulo são 28 mil, seguindo a mesma proporção. A perspectiva, de acordo com o Sincor-SP, é que em cinco ou seis anos o mercado dobre de tamanho. Dos anos 1990 para cá, ele já triplicou. “Acredito que o conhecimento da cultura do seguro está se popularizando, e muitas pessoas têm se atentado à importância de estar segurado”, defende Leôncio de Arruda.
Outro fator que contribui para o crescimento do mercado é o controle da inflação, afirma Arruda, pois atualmente é possível ter um valor fixo da apólice. O preço será o mesmo hoje ou daqui a 10 meses. “A estabilidade da moeda contribui muito com o crescimento das atividades de seguro”, conclui.
No último balanço do setor, referente ao primeiro semestre deste ano, o seguro de pessoas – excluindo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) registrou elevação 15% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo quase R$ 6 bilhões em prêmios. De acordo com Arruda, este segmento, somado à previdência, correspondem hoje a mais de 50% do mercado de securitário.
Outra modalidade que cresceu bastante nos primeiros seis meses do ano foi o do DPVAT (seguro obrigatório), com incremento de 12,5% em comparação aos primeiros seis meses de 2007, encerrando o semestre com R$ 2,8 bilhões em prêmios. “O que impulsionou o resultado foi a redução da inadimplência devido a centralização da oferta da apólice pela seguradora Líder”, que apesar de já ter unificado a distribuição há três anos, somente agora foi possível observar a melhoria.
Para que um corretor de seguros possa operar é necessário que ele faça um curso na Funenseg (Escola Nacional de Seguros) com duração de um ano. É possível optar por duas especializações: vida e previdência ou pleno, que envolve todas as modalidades, como previdência, automóveis e capitalização, entre outros. O investimento é de cerca de R$ 800 e é exigido até o segundo grau completo.
Fonte: Gazeta Mercantil