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Medidas contra inflação não irão afetar o crescimento

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar nesta segunda-feira (4), em evento em São Paulo, que as medidas para controle da inflação não irão afetar o crescimento do país.
“Não haverá desaceleração da economia para 3,5%, o governo não deixará. Daremos continuidade ao ciclo de investimentos, que foi implantado como muito suor”, disse o ministro durante o debate “Diálogos Capitais”, promovido pela revista CartaCapital.
Mantega destacou que o governo tomará todas as medidas que forem necessárias ao controle da inflação, mas sem afetar o crescimento. “Não estamos abortando o crescimento, como se fazia no passado. Estamos mantendo o estímulo ao investimento. Mantivemos os projetos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e da política industrial.”
Segundo Mantega, o Brasil encontra-se em um período de crescimento sustentável. “O Brasil cresce de forma saudável, com aumento da produtividade. (…) É um novo modelo de crescimento, porque cresce gerando emprego e aumentando a massa salarial”, afirmou.
Superávit:
O ministro ressaltou ainda que o superávit primário, hoje em 4,3%, poderá ser elevado. “O desempenho fiscal está impecável”, disse. Perguntado sobre de quanto seria esse aumento, ele disse apenas que o instrumento de elevação do superávit será usado se for necessário. “Se houver necessidade, aumentaremos (o superávit), mas no momento não há”, apontou.
Ele negou, porém, que o governo esteja aumentando impostos e afirmou que os recordes de arrecadação se dão por conta do crescimento do país. “Aumento de arrecadação se dá com redução de impostos.”
Inflação e juros:
Mantega se mostrou otimista sobre as perspectivas em relação à inflação. Segundo ele, a perspectiva é que a inflação desacelere já em 2009. “Não é inflação que veio para ficar, é passageira”, disse. “Tem gente que pensa como se estivéssemos à beira da hiperinflação. (…) Mas ela já dá sinais de desaceleração”, apontou.
Em relação aos juros, o ministro afirmou que o aumento é momentâneo. “Assim que a inflação for debelada ele vai cair. É um quadro passageiro. Essa elevação será sucedida pela redução das taxas”, disse ele.
Ele ressaltou também que o desempenho do Brasil é melhor do que a maioria dos emergentes.

Fonte: O Globo

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