17 resseguradoras já operam no País
100 DIAS DE ABERTURA – Preços dos produtos permanecem inalterados, mas tendem a cair no médio e longo prazos, na avaliação do superintendente da Susep
Ao avaliar os 100 primeiros dias de vigência das novas regras da atividade de resseguros, o titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergilio dos Santos Júnior, disse que as expectativas foram superadas. Para ele, a maior prova de que o modelo em vigor desde o dia 17 de abril último foi o melhor para o País é a entrada de grupos resseguradores estrangeiros no mercado brasileiro. “O saldo é altamente positivo. Creio que até o final do ano, teremos 43 grupos resseguradores operando no Brasil. Serão oito resseguradoras locais, 15 admitidas e 20 eventuais. Muito mais do que precisávamos para assegurar um mercado competitivo”, destacou Armando Vergilio.
Até agora, segundo dados da Susep, disponíveis em seu portal, 17 resseguradoras e 24 corretoras de resseguros estão oficialmente autorizadas a atuarem no mercado brasileiro. Além disso, há ainda outros pedidos de autorização em análise no órgão.
Com relação ao preço médio dos planos de resseguros, o superintendente da Susep disse que não ha ainda uma tendência consolidada, admitindo, contudo, que as taxas para algumas coberturas deslimadas a grandes riscos podem até subir. Ainda assim, previu que a médio e longo prazo tende a prevalecer uma queda nos preços. “O mais importante é que a abertura traz concorrência, favorecendo ao mercado e aos consumidores brasileiros”, observou.
CENARIO POSITIVO. Já o presidente da SulAmérica, Patrick de Larragniti Lucas, afirmou que a reação é boa aos 100 primeiros dias de abertura do resseguro. “Está indo muito bem. Todo o mercado e, particularmente, o IRB Brasil Re responderam muito bem ao novo modelo”, comentou o executivo, segundo o qual a abertura adotada está criando um cenário positivo para o mercado, as seguradoras e os consumidores finais.
O presidente da Generali Seguros e vice-presidente do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro, Federico Baroglio, também elogiou o cenário delineado nesses pouco mais de três meses de vigência do novo modelo de resseguro. Na visão dele, a Susep acertou na definição das regras e, com isso, pode atrair um bom número de players internacionais, o que garante um quadro de concorrência. A queda do preço será até natural, pois não é uma prerrogativa do seguro ou do resseguro a redução de preços pagos pelos consumidores quando há uma concorrência maior.
Fonte: Escola Nacional de Seguros
