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Pesquisas da MetLife constatam inércia de trabalhadores no mundo para financiar longevidad

Entre os trabalhadores de todo o mundo, a percepção de que o aumento da expectativa de vida exigirá mais renda para custear a própria sobrevivência é crescente. Contudo, a principal conclusão de duas pesquisas da MetLife – Estudo Internacional de Tendências de Benefícios para Funcionários (iEBTS) e o Sexto Estudo Anual sobre Tendências de Benefícios para Funcionários (EBTS) – é de que não há ações individuais de trabalhadores de economias maduras ou em desenvolvimento para assegurar uma aposentadoria confortável.
As pesquisas aferiram que mais de oito em cada dez trabalhadores mexicanos (81%) e indianos (80%); ou mais da metade dos trabalhadores australianos (58%) e mais de um quarto dos trabalhadores do Reino Unido (31%) não têm nenhum planejamento independente, a não ser o obrigatório pelo governo. Nem os trabalhadores americanos fogem à regra. Segundo as pesquisas, quase metade dos trabalhadores americanos (46%) não tomou nenhuma providência para determinar suas necessidades de renda na aposentadoria.
“O total despreparo no planejamento da aposentadoria é especialmente preocupante, porque existe tanto nos países de economia madura como nos países em desenvolvimento e também porque a expectativa de vida em todo o mundo continua crescendo, e a reforma previdenciária coloca uma responsabilidade muito maior sobre o empregado de financiar sua própria aposentadoria”, avalia o presidente da MetLife International, William J. Toppeta,
Segundo ele, a inércia dos trabalhadores para garantir uma aposentadoria segura é notória, particularmente, no México e em menor escala na Índia. Quase três entre quatro trabalhadores mexicanos (74%) dizem que estão “preocupados” porque terão que trabalhar em período integral ou meio período para poder viver confortavelmente seus anos de aposentados, e quase sete entre dez (67%) dizem que estão “preocupados” em ter que sobreviver com o dinheiro da aposentadoria.
Entretanto, apenas 21% dos trabalhadores mexicanos dizem ter tomado alguma providência para determinar suas necessidades domésticas de aposentado. Um número ainda menor (19%) diz já ter iniciado um plano de aposentadoria. Apesar da preocupação e do planejamento insuficiente, a maioria dos trabalhadores mexicanos pretende se aposentar cedo. A pesquisa revelou que a maioria espera se aposentar com 58 anos de idade, e um em cada quatro trabalhadores pretende se aposentar com idade entre 30 e 50 anos. Na Índia, embora quase três em cada quatro trabalhadores (71%) digam que estão “preocupados” em viver com o dinheiro da aposentadoria, apenas um em cada três (35%) diz já ter tomado alguma providência com relação às suas necessidades na aposentadoria; e apenas 20% dizem já ter um plano formal de aposentadoria.
“O conceito de plano de aposentadoria é novo ou está muito distante para os trabalhadores de muitos desses países em desenvolvimento, como México e Índia,” explica Toppeta. “Por tradição, a família geralmente cuida dos seus membros mais velhos. Mas com a mobilidade geográfica levando os jovens para locais distantes da casa dos pais, deixando suas famílias para trabalharem em cidades diferentes, o modelo familiar tradicional do ‘ninho seguro’ está desmoronando em muitos países de rápido desenvolvimento, cujo sistema público de saúde e previdência é deficitário.”
Em total contraposição aos outros países pesquisados, um terço (33%) dos trabalhadores indianos dizem que não pretendem se aposentar, o que pode ser a causa de 80% de todos os trabalhadores justificarem o fato de não contratarem nenhum plano de aposentadoria. Dos trabalhadores indianos que já têm plano de aposentadoria, quase seis entre dez (58%) dizem que já atingiram ou estão prestes a atingir suas metas para a aposentadoria.
O Reino Unido parece ser o que está financeiramente melhor entre os países pesquisados. Na verdade, 71% dos trabalhadores pesquisados dizem que já determinaram suas necessidades de aposentadoria e 69% já têm um plano de aposentadoria. Além disso, entre os que têm um plano de aposentadoria, mais da metade (59%) diz que já atingiu ou está prestes a atingir suas metas de aposentadoria. Cerca de um terço (34%) dos trabalhadores do Reino Unido estão “preocupados” em viver com o dinheiro da aposentadoria, comparado com 55% dos trabalhadores americanos.
Muitos australianos estão otimistas, apesar da sua aparente falta de preparo para a aposentadoria. Quando perguntados sobre suas preocupações com a aposentadoria, menos da metade (49%) dos trabalhadores australianos dizem que estão “extremamente preocupados” em viver com o dinheiro da aposentadoria. Entretanto, cinqüenta e oito por cento dos australianos não possuem nenhum plano de aposentadoria, a não ser o “Superannuation Fund,” um programa de benefícios e aposentadoria patrocinado pelo governo. O saldo médio do Superannuation Fund entre os australianos próximos à idade para se aposentar (51 anos ou mais) são míseros 57,800 dólares australianos. A Austrália também possui o percentual mais alto de trabalhadores sem metas de plano de aposentadoria entre todos os países pesquisados. Embora a maioria dos trabalhadores pretenda se aposentar em torno dos 60 anos de idade, 15% dos australianos dizem que não têm nenhuma meta para um plano de aposentadoria.
Os estudos concluíram que grande maioria dos trabalhadores estaria motivada em contratar planos de aposentadoria ou produtos financeiros no próprio local de trabalho. E em todos os países pesquisados os trabalhadores dizem querer orientação em termos de planejamento financeiro. “As empresas têm agora uma grande oportunidade para se diferenciarem, atendendo essa crescente necessidade dos funcionários de um planejamento para a aposentadoria. O estudo mostra que os funcionários são receptivos a obterem essas soluções financeiras no próprio local de trabalho. Esse movimento também permite que as empresas atraiam e retenham os funcionários mais talentosos nesse momento de acirrada concorrência global por talentos. Isso poderia criar uma situação onde os dois lados ganham, o funcionário e a empresa,” conclui Toppeta.

Fonte: Fenaseg

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