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SulAmérica reforça área para endinheirados

Conhecida como uma das líderes no ramo de seguros e previdência, a SulAmérica investe pesado para ser referência também na gestão de recursos de fundos de pensão e pessoas físicas de alta renda. Com R$ 14 bilhões sob gestão, a SulAmérica Investimentos quer agora ampliar sua atuação no segmento de alta renda. Para isso, está reforçando a área de private banking criada no início do ano passado, e que já conta com R$ 500 milhões, o dobro do valor inicial. E a meta para este ano é de um crescimento de 30%, ou R$ 150 milhões. “É uma meta conservadora”, diz Roberto de Freitas Vidal Filho, diretor comercial da SulAmérica Investimentos.
Para coordenar a área private, Vidal trouxe do segmento de clientes institucionais André Guilherme Henriques Caram. Como superintendente, ele cuida da equipe formada por quatro gerentes e mais quatro funcionários da central de suporte. No total, o private da SulAmérica tem 150 clientes. “Mas também atendemos outros 350 clientes, com valores menores, que não estão no private, mas que têm aplicações na SulAmérica”, explica Vidal Filho.
O alvo do private da SulAmérica são os clientes com aplicações a partir de R$ 500 mil. A estratégia é buscar esses investidores em casa mesmo, entre a clientela da seguradora, da empresa de previdência e da própria gestora. “Há muitos empresários cujos fundos de pensão aplicam aqui ou que fazem o seguro da empresa conosco e que estão insatisfeitos com o atendimento que têm em privates de grandes bancos”, afirma Caram. “Eles acabam nos procurando em busca de um serviço mais personalizado.” Caram espera contar ainda com a ajuda dos executivos das outras áreas e a divulgação do serviço. “Muitos clientes e até mesmo funcionários nossos não sabiam que tínhamos o serviço de gestão de fortunas”, afirma.
O mercado de private brasileiro está amadurecendo e se ampliando, afirma Vidal Filho. Por isso muitas instituições se movimentam para tentar atrair os clientes de alta renda. “Estamos apostando nesse segmento pois vemos o crescimento econômico, o investimento externo aumentando e a tendência de aberturas de capital e venda de empresas criando liquidez para os empresários”, diz o executivo. Há ainda os bônus pagos aos executivos das empresas, que cresceram com o aumento dos lucros no ano passado e que, em alguns casos, chegam a superar R$ 1 milhão. Vidal Filho vê uma tendência de remuneração dos acionistas, que cria mais riqueza a ser investida pelas pessoas físicas. “Com os juros em queda, as empresas buscarão ter o menor volume de caixa possível e devem por isso aumentar o dividendo pago ao acionista”, afirma.
O SulAmérica Private pretende neste ano abrir quatro escritórios fora de São Paulo, afirma Caram. As áreas ainda estão em estudo, mas certamente haverá unidades no Rio, onde fica a sede do grupo, e em Minas – terra natal de Caram. “Vamos aproveitar a presença da SulAmérica nas principais cidades para fixar as bases do private nas regiões estratégicas, saindo um pouco de São Paulo”, explica o executivo.
A estratégia da empresa é se diferenciar das demais oferecendo opções mais sofisticadas de investimento, como fundos multimercados e de ações, afirma Vidal. Além disso, pretende usar a sinergia do grupo, criando carteiras especiais de previdência ou serviços de seguro para os clientes endinheirados. “Estamos montando fundos exclusivos para valores a partir de R$ 10 milhões”, afirma Vidal Filho. Além disso, a gestora reforçou a área de fundos de fundos, com a contratação de Marcelo Bonini, ex Caixa Econômica Federal. “O private vai demandar mais fundos de fundos”, afirma Vidal Filho.

Fonte: Valor

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