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O presente e o futuro estão em nossas mãos

15 de Fevereiro de 2008 – A cada dia, questões relacionadas à responsabilidade socioambiental e ao crescimento sustentável ampliam presença em discussões nos mais variados fóruns. Nesse cenário, empresas atuantes em diferentes mercados buscam formas de alinhar suas operações e estratégias às exigências impostas pela percepção cada vez mais clara da opinião pública quanto ao papel social das organizações. Mas se o atendimento e as demandas da população de modo geral são uma novidade para alguns setores, do ponto de vista das companhias seguradoras, essas são funções intrínsecas à sua atividade.
Afinal, o próprio conceito do qual o setor de seguros é originário, o da distribuição solidária dos riscos, faz das operações das seguradoras um fator de proteção social. A evolução e o atual estágio de aprimoramento dos produtos oferecidos criam um colchão de proteção capaz de amortecer o impacto dos mais variados imprevistos.
Só para dar uma idéia, até novembro de 2007, o mercado segurador brasileiro devolveu à sociedade, na forma de indenizações pagas, um montante de R$ 26 bilhões, sem considerar neste montante o valor significativo referente às indenizações do seguro saúde.
Mais do que o volume impressionante de recursos distribuídos, o destaque fica por conta dos benefícios sociais gerados pelas operações do setor. A cobertura de um caso de sinistro de uma empresa pode representar a possibilidade de manutenção das operações da organização mesmo após um grande imprevisto. Com o anteparo garantido por uma apólice, preservam-se empregos diretos e indiretos e o patrimônio dos investidores. Do ponto de vista individual, a proteção proporcionada por um seguro confere aos beneficiários a oportunidade de superar momentos difíceis e de avançar no caminho.
Além de fazer frente a prejuízos gerados pelas mais variadas ocorrências, as empresas do setor também atuam no sentido de ajudar os clientes a identificar os riscos aos quais estão expostos e a adotar medidas capazes de reduzi-los ou eliminá-los. No caso da Chubb Seguros, por exemplo, uma equipe de engenheiros altamente treinados está encarregada de avaliar, por meio de sofisticadas técnicas, as possibilidades de ocorrência de sinistros nas instalações e operações de clientes corporativos.
Em relatórios detalhados, são apresentadas medidas capazes de eliminar ou diminuir significativamente as chances de concretização de sinistros. O resultado desse trabalho ultrapassa a simples preservação patrimonial. Afinal, os colaboradores e demais pessoas do relacionamento da organização deixam de estar expostas a riscos e aos danos irreparáveis provocados pela perda de vidas ocasionadas por acidentes. O setor de seguros ainda é um grande gerador de poupança, elemento fundamental no processo de crescimento econômico, especialmente para um país em desenvolvimento como o Brasil. As reservas técnicas do mercado segurador já ultrapassam os R$ 150 bilhões.
Ao verificar os avanços do setor de seguros, vejo com bons olhos o lançamento do setor para outro desafio igualmente fundamental: a busca de soluções para os graves problemas ambientais. O tema ganhou destaque com a divulgação de dados alarmantes apontados pelos relatórios dos Painéis Intergovernamentais de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU).
As conseqüências geradas pela interferência do homem no meio ambiente ainda não podem ser completamente previstas, mas ocorrências como a ampliação do poder destrutivo de furacões e o aumento do nível do mar indicam a necessidade de adoção de medidas urgentes. A omissão neste momento terá um preço muito alto no futuro e não podemos permitir que o ônus de nosso imobilismo recaia sobre as próximas gerações.
É com base nessa percepção que estarei coordenando, a pedido do presidente da FenSeg, uma reunião no início de março, com representantes locais e estrangeiros, em que serão tratadas as questões de mudanças climáticas, influências no mercado segurador brasileiro, novas coberturas e o crescimento sustentável.
Não tenho dúvida de que desta reunião sairão medidas e procedimentos de grande importância para a nossa indústria e, consequentemente, para o futuro do nosso planeta.
Com o anteparo de uma apólice, preservam-se empregos e o patrimônio (Gazeta Mercantil/Caderno A – Pág. 3) ACACIO QUEIROZ* – Presidente e CEO da Chubb Seguros e membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg))

Fonte: Seguro em Pauta

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