Lucro do Unibanco cresce mais que dos concorrentes
15 de Fevereiro de 2008 – O lucro líquido do Unibanco cresceu 97% em 2007, para R$ 3,4 bilhões. Assim como nos balanços de seus principais concorrentes, o Bradesco e o Itaú, o resultado do quarto maior banco privado do País (sem considerar a compra do ABN Amro Real pelo Santander, em fase de aprovação final no exterior) foi puxado por receitas extraordinárias, geradas pela venda de participações em empresas. Mas descontados esses ganhos, o lucro do Unibanco somou R$ 2,6 bilhões, uma expansão de 17,6%, o maior percentual na comparação com os concorrentes: o lucro recorrente do Bradesco cresceu 13,3%, para R$ 7,21 bilhões, e o do Itaú 15,9%, para R$ 7,179 bilhões.
No ano passado, o Unibanco alcançou R$ 149,6 bilhões em ativos, um crescimento de 44%. A carteira de crédito evoluiu 35,4%, para um saldo de R$ 61,4 bilhões, puxada pelas operações de financiamento para pessoa física, com alta superior a 50%. Os destaques ficaram por conta da carteira de crédito consignado, com alta de 143,5%, para R$ 4,9 bilhões; veículos, com crescimento de 91,6%, para R$ 8,8 bilhões; e cartões de crédito, cuja carteira aumentou 35,6%, para R$ 6,9 bilhões. Na pessoa jurídica, os financiamentos para micro, pequenas e médias empresas avançaram 43,4% e somaram R$ 9 bilhões. Para este ano, a expectativa do banco é de que esses segmentos continuem puxando a expansão da carteira, estimada em até 25%.
O bom desempenho do banco ocorreu também na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse ), onde tem suas ações listadas há dez anos. Em 2007, o Unibanco ficou na liderança do ranking do setor bancário em volume financeiro movimentado por recibos de empresas estrangeiras (ADRs) em Wall Street. Os ADRs do banco movimentaram uma média diária de R$ 283,1 milhões, acima dos R$ 85,1 milhões ao dia de volume registrado por seus recibos na Bovespa.O presidente do Unibanco, Pedro Moreira Salles, aposta na expansão de rede de atendimento do banco para continuar crescendo. Segundo ele, a grande diferença da instituição em relação aos rivais Bradesco e Itaú é a menor capilaridade de atendimento. O programa de expansão, que demandará investimentos de R$ 300 milhões, prevê 200 pontos de atendimento adicionais e 5 mil contratações ao longo do ano. “Vamos investir na linha de frente”, disse. “A atual fase de expansão do crédito impõe o crescimento da presença física”, acrescentou.
A seguradora Unibanco AIG faturou R$ 6 bilhões no final de 2007, segundo José Rudge, presidente da empresa.
B1(Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1)(Alessandra Bellotto, Denise Bueno e Marcello DAngelo)
Fonte: Gazeta Mercantil