Segurador vê corretor de seguros como um “leão”
O segurador, por sua vez, percebe o corretor como um “leão”, que tem que sair a caça todos os dias para se alimentar. As seguradoras sempre operam através de um corretor, parceria ratificada pelos seguradores na pesquisa. Entretanto, verificou-se que, ao comprar seguros em bancos ou através do telefone, no caso de planos de saúde, o consumidor não percebe a existência do corretor, acreditando que compra o produto diretamente do banco ou da seguradora. Notou-se também uma clara especialização de produto por canal. O corretor destaca-se como principal canal em seguros de “Automóveis” e a seguradora para “Saúde”. Nos demais produtos, particularmente em “Previdência”, o banco é reconhecido como o local onde o consumidor encontra o produto.
Na percepção de “Segurança”, foi apurada uma boa notícia para o corretor. Em uma escala até 100%, a afirmativa “Me sinto mais seguro comprando seguros com um Corretor de Seguros” foi a que obteve maior índice (74,1%) dentre os canais. Quanto aos motivos que levam o consumidor a escolher um determinado “Canal” destacaram-se, pela ordem: “Confiança no Canal” (Corretor de Seguros, Banco, Seguradora); “Melhor Oferta” (preço mais baixo); “Indicação de Amigos”; e “Atendimento”, particularmente no pós-venda. Foram ouvidas também 229 pessoas, que não possuíam nenhum tipo de “Seguro”. Esses entrevistados têm um perfil predominantemente jovem.
O percentual de pessoas até 25 anos “sem seguro” é 2,4 vezes maior que daqueles que têm, pelo menos, um tipo de cobertura. A partir dos 42 anos essa situação se inverte sendo a quantidade de pessoas “com seguro” 1,6 vezes maior que daquelas “sem seguro”. A escolaridade também influencia, notando-se que quanto maior o nível escolar maior a chance de a pessoa ter um tipo qualquer de seguro. O fator decisivo foi renda. Na faixa até R$ 1.750,00 a participação dos sem seguro é 2,97 maior do que aqueles que possuem seguros.
A conclusão da pesquisa é a de que o mercado precisa se comunicar melhor com seu consumidor e sendo o corretor um dos principais elos nessa cadeia de comunicação, tanto na venda como no atendimento do sinistro e na renovação, o desenvolvimento de melhores práticas, entre esses profissionais, pode fazer uma grande diferença no desenvolvimento do mercado. Para atingir esse objetivo, a Fenacor desenvolverá um plano de ações envolvendo a formação dos corretores através da Escola Nacional de Seguros. Algumas dessas ações serão regionais, feitas com o apoio dos Sincors.
A federação também fará recomendações para as informações passadas aos consumidores através dos contatos realizados pelas seguradoras com segurados. A pesquisa foi conduzida pela DataVox Marketing e Seguros, com a colaboração da Qualimétrica Pesquisas e do assessor técnico da federação, Danilo Sobreira. O trabalho foi dirigido pelo diretor da DataVox, Flávio Nogueira, profissional com mais de vinte anos de experiência em Marketing e Seguros.
Fonte: Fenacor