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Economia menos vulnerável no balanço de 2006

Os países latino-americanos terminam 2006 com economias menos vulneráveis e em crescimento, mas sem o impulso de outras nações em desenvolvimento, o que impede a redução da pobreza e de outros problemas sociais.
O crescimento da economia mundial, a elevada demanda interna e os preços mais altos das matérias-primas foram fatores que contribuíram para que a América Latina crescesse este ano cerca de 4,75%, segundo os últimos cálculos. O crescimento da região nos últimos três anos teve média de 5%, o que os analistas consideram como um dos melhores resultados das últimas décadas.
As estimativas indicam uma relativa homogeneidade nas taxas de crescimento, que estão entre 3% e 6%, exceção feita à Argentina e à Venezuela, onde pode superar 8%. Como em anos anteriores, o cone sul e a Comunidade Andina são as regiões que mostram uma maior taxa de expansão, de 6,9% e 5,7%, respectivamente.
Quadro político
Por outro lado, as eleições realizadas em países da região (Brasil, Chile, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, Nicarágua, Equador e Venezuela tiveram eleições gerais em 2006) não parecem ter empreendido mudanças drásticas com relação à economia, já que foram construídos consensos sociais mais fortes sobre políticas econômicas ou investimentos estrangeiros.
As exportações da região cresceram este ano a uma taxa de 19,8%, enquanto a baixa inflação e as menores taxas de juros na maioria dos países estiveram acompanhadas de um aumento da confiança e do investimento privado.
A inflação na região será parecida com a de 2005, entre 5% e 7%, mas também neste capítulo há diferenças. Por exemplo, entre Argentina e Venezuela, que devem fechar o ano com taxas de 9% e 15%, respectivamente, e Peru, que terminará com menos de 2%.
Segundo cálculos do Banco Mundial, o crescimento da região ficou abaixo da média para países em desenvolvimento, que é de 6,3%, e da África Subsaariana (5,4%). Na região, há 213 milhões de pobres e mais de 80 milhões de indigentes, e a distribuição da renda continua sendo desigual. Entre os países com pior distribuição da riqueza, 10 são latino-americanos.[1]
Desafios
As instituições financeiras multilaterais insistem na necessidade de região melhorar suas políticas fiscais, na eqüidade e na coesão social, bem como na redução das barreiras ao investimento e à iniciativa privada. Um dos principais desafios é a queda no nível de competitividade da América Latina e o custo de realizar negócios, que representam um entrave para maiores investimentos, para a geração de empregos e para a estabilidade macroeconômica.

Fonte: Seguros.inf.br

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