Rentabilidade ajuda País a atrair empresas
11 de Dezembro de 2006 – Investimento produtivo ainda encontra aqui lucros superiores aos de outros mercados. Na corrida pela atração de investimentos produtivos, o Brasil tem uma carta na manga: a rentabilidade sobre o patrimônio (lucro líquido sobre o patrimônio). Levantamento da consultoria Economatica feito exclusivamente para este jornal mostra que, na média total das empresas de capital aberto, a rentabilidade subiu de 14,6%, em 2003, para 20,1% no ano passado. O México, que já tem o título de grau de investimento – que indica menor risco para receber capital -, apresenta taxa de retorno total similar à da economia brasileira, com 20,8% em 2005, ante 14,8% dos Estados Unidos.
O diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), José Fernando Mattos, destaca que a decisão de investir depende de variáveis tais como o tamanho do mercado, estabilidade política-institucional, garantia de cumprimento de regras, propriedade intelectual, macroeconomia e incentivos para o investimento. “Mas cada empresa tem política e estratégia próprias”, enfatiza
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, também lembra que a permanência ou a saída de multinacionais do País depende em grande parte de qual a visão estratégica e do prazo planejado para suas operações. O Grupo PSA, que representa no Brasil as marcas Peugeot e Citröen, estava com as contas no vermelho no ano passado, mas se manteve no Brasil. E a aposta parece ter dado certo, pois a empresa já vê equilíbrio para este ano.
Páginas A-4 e A-5(Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1)(Simone Cavalcanti e Cristina Borges Guimarães)
Fonte: Gazeta Mercantil