Juro real brasileiro manterá “liderança”
São Paulo, 18 de Outubro de 2006 – Para que o País deixasse a posição no ranking, seria necessário corte de 3,75 ponto na Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) pode confirmar hoje a previsão da ampla maioria das instituições financeiras e promover o 11º corte consecutivo na Selic. A expectativa é por redução de meio ponto no juro, que iria a 13,75% ao ano. Mesmo que o Copom confirme nova queda na taxa básica, o juro real brasileiro manterá, com folga, a dianteira no ranking das maiores taxas praticadas no mundo.
Levantamento realizado pela UpTrend Consultoria mostra que, se confirmado o corte de meio ponto, o juro real no País projetado para os próximos 12 meses cairá para 9,3%. Com isso, o Brasil mantém a liderança no ranking de juros reais, com mais de três pontos percentuais acima do segundo colocado, a Turquia, com taxa anual de 6,2%. Mesmo que o Copom dê seqüência no ciclo de queda da Selic, a liderança brasileira no ranking de juro real está garantida por um bom tempo. Para que o Brasil saia desta posição, segundo a UpTrend, são necessários 3,75 ponto percentual de corte na Selic. Já em termos nominais, independentemente da decisão de hoje, o Brasil se manterá na terceira posição, atrás de Turquia, líder com 17,50% e da Venezuela com 16,11%.
No mercado financeiro, a terça-feira foi de ajustes de posições, após a divulgação do índice de preços ao produtor americano (PPI, na sigla em inglês). O índice cheio apresentou deflação de 1,3% em setembro, bem superior à previsão de recuo de 0,6%. Por outro lado, o núcleo do PPI subiu 0,6%, três vezes superior às estimativas. A alta do núcleo afastou a possibilidade de que, nas próximas reuniões, o Fed inicie corte o juro americano, hoje em 5,25% ao ano.
No câmbio, o dólar discretamente em relação ao real, com valorização de 0,09%, a R$ 2,132. Na BM&F, os juros futuros mais longos acompanharam o dólar e subiram. O risco-país fechou em alta de 1,38%, a 213 pontos-base.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 1)(Jiane Carvalho)
Fonte: Gazeta Mercantil
