Atropelando o mercado
Além de, em passado recente, não repassarem para os preços a queda do número de furtos e roubos de carros no Rio de Janeiro registrados por dados oficiais, as seguradoras parecem empenhadas em empurrar para o acostamento parte de sua clientela.
Proprietários do Golf 1.6 modelo 2003, por exemplo, têm de pagar prêmio cerca de 20% mais alto do que o cobrado há dois anos, quando o valor de mercado do veículo era cerca de 10% maior. Em três anos de seguro, o dono do carro gastará cerca de R$ 6 mil de seguro, ou um quinto do valor pago pelo veículo ainda zero quilômetro.
Atropelando o mercado – II
Os proprietários da Parati também são outras vítimas preferenciais da aceleração da ganância das seguradoras. Enquanto o modelo mais sofisticado 2006 sai por cerca de R$ 45 mil, o seguro custa por volta de R$ 10 mil.[1]
Atropelando o mercado – III
O principal corolário desse comportamento predatório do mercado é o crescimento, principalmente na classe média, do número de proprietários que deixaram de fazer seguro dos seus veículos.
Um amigo da coluna, mesmo já tendo tido furtado um carro, calcula que não fazer seguro sai mais barato: `Dependendo do carro, em cinco anos já terei gasto com seguro quase o valor da compra.[1]
Então, prefiro arriscar e apostar em não ter o veículo furtado ou roubado no mesmo período. Sei que é uma aposta de risco, mas, entre a possibilidade ser roubado pelo ladrão e a certeza de ser lesado pela seguradora, prefiro arriscar a primeira.` Com a palavra a Susep.
Fonte: Monitor Mercantil