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Venda de automóveis e veículos leves despenca

Da agência Reuters
A venda de automóveis e veículos comerciais leves despencou em junho, conforme estatísticas da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Ainda assim, o mês passado se situa entre os melhores junhos na história da indústra, mas a queda trouxe preocupação para a entidade. As vendas caíram 10,23% entre maio e junho, para 139.527 unidades, conforme o levantamento da Fenabrave, feito com base em emplacamentos no País. Em relação a junho de 2005, este número é 0,3% menor. No semestre foram vendidas 814.665 unidades, 8,23% a mais que nos primeiros seis meses de 2005.
Apesar da queda mensal, o número de junho é o quarto melhor na comparação com o igual mês de outros anos. Mesma colocação do desempenho semestral, que foi o melhor desde 2001. `Continua um bom desempenho, mas estamos olhando para o retrovisor. O mês de julho é que vai definir se isso se estabiliza`, disse o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze. Ele disse suspeitar que a Copa da Alemanha tenha afetado o desempenho das vendas no mês passado, mas ainda não é possível afirmar o quanto. Em tese, junho teve 21 dias úteis, apenas um a menos que maio.
Desânimo
`Mas praticamente todos os dias de jogo (do Brasil) foram feriados`, disse Reze, que não descartou também a influência da desclassificação no ânimo do consumidor. `Mesmo quando o jogo foi sábado, morreu o sábado, e com o impacto da derrota, foi o domingo também`, avaliou o presidente da Fenabrave.
Por via das dúvidas, somente pelo resultado de junho, a entidade já decidiu rever a sua previsão para o crescimento das vendas de automóveis e comerciais leves neste ano, que era de 11%. `Estamos reprogramando para 10%`, disse Reze.
Segundo o dirigente, as previsões ainda se mantêm para o desempenho global, incluindo os segmentos de ônibus, caminhões e motos, que é de 12%. Mas este mês, a Fenabrave vai procurar sinais mais claros sobre o comportamento do consumidor.
Um dos temores é que a queda contínua na venda de caminhões acabe gerando algum reflexo para a venda de automóveis e comerciais leves. Até agora, segundo Reze, essa convergência não aconteceu.
Caminhões
A venda de caminhões caiu 12,35% em junho, para 5.938 unidades, um comportamento parecido com o de carros. Mas no semestre a performance é bem pior: queda de 11,11%.
Outro número considerado muito ruim foi o da venda de motos, que caiu 11,14% em relação a maio, para 100.007 unidades. Segundo Reze, é a primeira vez que a Fenabrave observa uma queda significativa nesse segmento nos últimos 10 anos. A entidade não encontrou uma explicação para o recuo.
Na primeira metade deste ano, a Fiat deteve a maior participação nas vendas, com 24,67% do total. A montadora foi seguida por Volkswagen, com 22,82% e e pela General Motors, com 22,73%. A Ford ficou com uma fatia de 11,21%, informou a Fenabrave.[1]
Os veículos bicombustíveis responderam por 76,3% do total de venda de carros e comerciais leves no semestre. Nos primeiros seis meses do ano, somente em automóveis, foram comercializados 689.437 unidades. Desse total, 41,76% eram carros populares.

Fonte: Jornal do Commercio

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