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Banco Mundial aprova empréstimos de US$ 1,1 bi e recomenda melhoria do ajuste fiscal ao Br

BRASÍLIA – O Banco Mundial (Bird) aprovou hoje três empréstimos para o Brasil, no valor de US$ 1,1 bilhão. Os financiamentos são destinados a obras de infra-estrutura rodoviária, projetos para redução de pobreza no Nordeste e apoio à agenda de crescimento econômico. A diretoria do organismo internacional também elogiou avanços do governo nos últimos dois anos na agenda macroeconômica, mas recomendou a melhoria da qualidade dos gastos públicos para ” tornar o ajuste fiscal sustentável ” .
” A combinação de uma gestão macroeconômica madura com políticas que visam ao aumento da equidade social produziu efeitos positivos, criando condições para o crescimento sustentável ” , disse John Briscoe, diretor para o Brasil, em nota divulgada pela assessoria do Bird. Os elogios foram para o controle da inflação, o ajuste das contas externas e queda nas taxas de desemprego.
Mas ele também ressaltou que ” um contínuo e bem-sucedido programa de gestão econômica equilibrada ” pode ajudar o Brasil a atingir taxas anuais de crescimento ” de 4% ou mais nos próximos cinco anos ” .
A declaração de Briscoe foi feita após a apresentação e aprovação do relatório sobre a evolução da Estratégia de Assistência ao País, que analisa recursos aplicados pelo Bird nos últimos dois anos e metas de desenvolvimento de longo prazo para o Brasil. Segundo o Banco Mundial, o Brasil fez ” avanços significativos ” , pois ” a pobreza diminuiu, a desigualdade de renda dá sinais de melhora e os pobres, hoje, têm acesso a uma rede de proteção social mais eficiente. ”
Mas o relatório destaca que houve menor evolução em áreas como infra-estrutura e de sustentabilidade ambiental. E recomenda que as despesas fiscais devem melhorar para que o governo possa oferecer ” melhores serviços com mais eficiência, liberando recursos para investimentos e aperfeiçoando a gestão pública ” .
O Bird se propõe a liberar financiamentos para ajudar o governo brasileiro a melhorar a educação, na promoção e desenvolvimento regional urbano e rural, principalmente no Nordeste.
Os recursos aprovados hoje, que dão ao governo 17 anos para pagar, com cinco de carência, estão dentro dessa proposta do organismo. Do total, US$ 601,5 milhões são para ações na agenda de crescimento, como redução de burocracias e de custos logísticos. São exemplos projetos da Receita Federal para reduzir em 40%, o tempo das liberações alfandegárias e para cortar em 10% os custos de manuseio em contêiners nos portos.
Outra parte desses recursos vai para ações no setor financeiro, segundo o relatório, como ” acelerar a expansão da indústria de seguros e aumentar o acesso de contas bancárias de 95 milhões para 103 milhões de pessoas. ” O setor de inovaçâo e tecnologia receberá uma parcela com a meta de ” aumento de 20% ” nos contratos de transferência de tecnologia e aumentar ” em 10% a participação privada nos gastos com pesquisa e desenvolvimento ” .
Outros US$ 501,25 milhões vão para o Projeto de Transporte Rodoviário, de forma a criar condições para atração de investimentos para o setor. Uma das metas atreladas a esses recursos é a descentralização o poder público com a transferência ” de gestão de partes da rede rodoviária para o setor privado ” , diz o relatório.
O terceiro empréstimo, no valor de US$ 37,5 milhões, é destinado a apoiar o Projeto de Redução da Pobreza Rural no Ceará.

Fonte: Folha de São Paulo

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