Você não tem idade para isso!
Essa frase ecoa em nossas mentes desde a infância, mas na idade madura parece que ela ganha poder. Eu, como tantas outras mulheres, ouvi essa frase inúmeras vezes, em diferentes contextos e situações. Ela me provocava sentimentos de silenciamento e renúncia.
Somos “moldadas” para estarmos enquadradas às expectativas sociais, e com o passar dos anos é intensificado esse padrão de comportamento em nós. Somos alvo de críticas pela nossa idade, aparência, atitude e tantas outras coisas. Mas é hora de desafiarmos essa narrativa! Ninguém deve ser limitado por sua idade ou qualquer outra característica. Devemos celebrar a liberdade de sermos quem somos e viver a vida ao máximo, em qualquer idade e de forma plena.
O combate ao etarismo, a discriminação baseada na idade, é uma luta importante e crucial em todas as camadas da sociedade. Essa prática nociva se manifesta em diversos contextos, desde o mercado de trabalho até as relações interpessoais, causando impactos negativos em nossa vida. É hora de erguermos a bandeira do combate ao etarismo com força e convicção.
O preconceito, enraizado em crenças e valores discriminatórios, é perpetuado por pessoas, mídias e vieses inconscientes. Essa teia complexa de fatores contribui para a marginalização e a exclusão de grupos minoritários. É crucial que assumamos a responsabilidade por nossas palavras e ações, reconhecendo o poder que elas têm de perpetuar ou combater o preconceito. Através da autorreflexão, podemos identificar e desconstruir nossos próprios vieses, abrindo-nos para a diversidade e a riqueza de perspectivas que cada mulher tem consigo.
Valorizar a nossa singularidade feminina é fundamental para combater os estereótipos e preconceitos relacionados à idade, que se enraízam em crenças e valores discriminatórios perpetuados ao longo da história. Esses estereótipos, como a ideia de que as jovens são impulsivas e as maduras são improdutivas, limitam as oportunidades e o nosso potencial, causando impactos negativos em nossa saúde mental, física, bem-estar social e, principalmente, a autoestima.
A valorização da nossa individualidade também fortalece a intergeracionalidade, promovendo uma maior interação e aprendizado mútuo entre mulheres de diversas faixas de idade. Através da troca de experiências e conhecimentos, podemos desconstruir preconceitos, fortalecer laços de respeito e construir uma sociedade mais coesa e inclusiva. Ao valorizar a nossa individualidade e promover a intergeracionalidade, podemos construir um ecossistema onde todas se sintam valorizadas, respeitadas e com oportunidade de realizar seu pleno potencial, independentemente da idade.
Não somos perfeitas, por esse motivo, é fundamental estarmos em um processo de desconstrução de preconceitos de forma contínua. É importante, também, celebrar a nossa singularidade e reconhecer que as nossas diferenças nos tornam mais fortes. O respeito à individualidade é a base para uma sociedade mais justa, harmônica e acolhedora.
Ter a consciência dos nossos próprios vieses, nos faz agir de forma mais inclusiva, e prontas a denunciar o preconceito quando presenciamos. Dessa forma, agimos como agentes de mudança, contribuindo para a construção de um mundo onde todas sejam valorizadas e respeitadas.
Juntas, podemos colaborar na estruturação de uma sociedade mais justa e inclusiva, onde a idade não seja definida como uma limitação, um obstáculo, mas sim uma fonte de sabedoria e experiência. Cada passo dado em direção a uma sociedade sem etarismo e preconceitos é um passo em direção a um futuro melhor. Vamos reescrever um roteiro diferente e mostrar ao mundo que a idade não define quem somos ou o que podemos fazer.