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Quanto custa uma demissão voluntária?

Eu já li inúmeras matérias que abordam as razões que levam a “Demissão Involuntária”, ou seja, o ato da empresa desligar o(a) colaborador(a).

Um dos motivos que, costumeiramente, ocupa o Top 10 deste Ranking é que os profissionais que são contratados por apresentarem excelente perfil técnico, preenchendo surpreendemente todos os requisitos exigidos para a vaga, infelizmente, são demitidos porque deixam a desejar nas habilidades comportamentais!

Às vezes o “super funcionário” pode se considerar melhor que todos e não se submete a determinadas tarefas e, consequentemente, pode ter dificuldades para receber feedbacks construtivos e aprimorar alguns pontos, ter visão dos negócios e ter empatia para realizar o atendimento mais humanizado para os colegas e demais stakeholders que precisam de uma abordagem mais didática, enfim… são inúmeros os motivos e as consequências.

Logo, podemos concluir que nem sempre diplomas, cursos e certificações podem ser suficientes para o êxito da contratação (and retenção) de um bom candidato!

Aliás, podemos rever o conceito de um “bom candidato” e, não invalidar um bom curriculo técnico, mas, expandir as possibilidades visando mitigar o risco de uma contratação que valoriza exclusivamente as competências técnicas (e suas passagens por empresas de grife), já que restringir os skills pode ser oneroso para a companhia quando está se vê forçada a desligar o colaborador (e depois tem o custo de reiniciar uma novo ciclo de R&S).

Enfim, partindo para um plano de ação com prazo imediato, também é possivel rever a matriz de competências já existente para a posição em questão (se ainda não tiver, faça uma já!) e ponderar o custo da demissão voluntária (é possivel obter este cálculo com o RH) versus o custo do investimento técnico para formar um colaborador que já está na cia há algum tempo e reúne as competências comportamentais necessárias para migrar para esta posição (e só precisa de um olhar atento para ser reconhecido e finalmente explorar todo o seu potencial) ou ainda é possível contratar um candidato que se enquadra nos requisitos comportamentais e precisa apenas de uma oportunidade e um bom banho de conhecimento técnico.

Enfim, o risco de investir em alguém sem conhecimento técnico, independente se tratar de uma transferência interna ou um novo colaborador, também requer maturidade dos demais envolvidos (gestor, equipe e demais áreas) para que possam recebê-lo apropriadamente proporcionando um ambiente colaborativo e acolhedor (inclusão na prática) para que o colaborador possa viver um dia de cada vez!

Faz sentido?

Ellen Oliveira

Ellen Oliveira tem 34 anos, é membro da Cátedra de Gestão de Riscos da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), embaixadora da SOU SEGURA, Digital Influencer do Blog VOCÊ Sentinela e Farialimer. Nascida em Guarulhos, São Paulo, construiu a maior parte da sua carreira no mercado segurador. 

É casada, madrastra, empreendedora, desbravadora, inquieta, diligente, questionadora e apaixonada por tudo o que se propõe a fazer. 

Uma eterna aprendiz. Atualmente, cursa MBA em Gestão em Segurança da Informação na IDESP - Instituto Daryus de Ensino Superior Paulista.

É graduada em Administração de Empresas com Ênfase em Seguros e Previdência (ENS – SP), Extensão Extensão Universitária em Controles Internos pela Escola de Negócios e Seguros (ENS) e Pós–Graduada em Gestão Comercial de Seguros pela Escola de Negócios e Seguros (ENS). Possui Certificação Internacional em Business Continuity Professional (CBCP) pela Disaster Recovery Institute (DRI). Carreira desenvolvida ao longo dos últimos 15 anos, atuando em seguradoras, operadoras, corretoras de seguros e consultoria em seguros com foco principal em Operações, Projetos, Gestão de Riscos Operacionais, Compliance e Atendimento aos Órgãos Reguladores, produz textos, vídeos e palestras sobre o ambiente corporativo e visão de riscos em todos os sentidos no Blog Você Sentinela.

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