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Sou Segura Summit: setor de seguros avança, mas desigualdade de gênero persiste

“Entre as seguradoras brasileiras participantes do último Relatório de Sustentabilidade do Setor de Seguros, produzido anualmente pela CNseg, apuramos que 53% dos funcionários são mulheres, 40,4% promovem ações visando a formação de novas lideranças femininas e 84,6% delas adotam práticas de promoção da diversidade e não discriminação. Entretanto, os homens ainda ganham, em média, 31,5% a mais que as mulheres”, afirmou a superintendente de Relações de Consumo e Sustentabilidade da CNseg, Luciana Dall’Agnoll, em sua participação no painel “ESG em foco: Lideranças Setoriais em Movimento para um Mercado mais Inclusivo”, do Sou Segura Summit, realizado em 24 e 25 de junho, em São Paulo.

Luciana também destacou que a CNseg lançará em breve um programa setorial voltado, entre outras finalidades, para o aumento da participação de mulheres em cargos de liderança. “Mais do que mensurar, queremos mover o ponteiro, criando condições reais para que mais mulheres acessem e permaneçam nos espaços de gestão e tomada de decisão”, afirmou.

Além disso, ela apresentou ações voltadas à população feminina consumidora dos produtos seguros, amplamente divulgadas durante evento realizado em março pela Confederação, sobre o poder de compra das mulheres e a criação de produtos mais aderentes às suas necessidades, bem como outras iniciativas para a inclusão social e financeira da população residente em comunidades periféricas, incluindo mulheres empreendedoras, por meio da ampliação do acesso a produtos de seguros inclusivos e microsseguros.

O painel também contou com a participação do superintendente da Susep, Alessandro Octaviani; da diretora de Infraestrutura de Mercado e Supervisão de Conduta da autarquia, Júlia Lins; da presidente da Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber), Rafaela Barreda; e da corretora de seguros Simone Fávaro, que representou a Fenacor.

Rafaela Barreda defendeu que a diversidade seja utilizada como um instrumento para acelerar a inovação e a criatividade no setor de seguros. “Pessoas que não sentem a necessidade na própria pele não podem criar uma solução para o que não conhece”, argumentou.

O superintendente da Susep admitiu que ainda há muito o que fazer em termos de inclusão no mercado. Para ele, uma luz no fim do túnel pode ser a chegada de novos atores ao mercado, como as associações de proteção patrimonial. “Essas associações têm origem social mais diversa e podem trazer a pluralidade que necessitamos”, pontuou Octaviani.

Já Julia Lins se mostrou entusiasmada com o que viu e ouviu nas reuniões do grupo de trabalho que discutiu, em 2024, uma política nacional de acesso ao seguro (“PNAS”). “Queríamos ouvir o mundo real e convidamos representantes de vários grupos plurais para entender como o seguro está sendo visto pela sociedade. E verificamos que há muitos setores que reclamam de produtos inadequados”, afirmou a diretora da Susep.

Por fim, Simone Fávaro demonstrou otimismo quanto ao avanço das mulheres no mercado. “No passado, as mulheres ocupavam apenas cargos administrativos. Hoje, muitas são donas de Corretoras de Seguros”, comemorou.

Fonte: CNseg

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