Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência é celebrado
Nesta terça-feira (11 de fevereiro) foi comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi definida pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 2015 para estimular a participação de mulheres e meninas em todas as áreas da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês).
No Brasil, segundo dados do IBGE, 57,5% dos estudantes matriculados em universidades eram mulheres em 2022. A realidade da ascensão acadêmica das mulheres, no entanto, é marcada por desafios. Em bolsas de produtividade oferecidas para cientistas no topo da carreira, os homens dominam com 64,5%. Esse dado mostra que as mulheres vão ficando pelo caminho na carreira acadêmica, fenômeno que algumas pesquisadoras chamam “efeito tesoura”.
Para mudar essa realidade no Brasil, o Ministério das Mulheres atua em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para estimular o acesso, permanência e ascensão de meninas e mulheres em carreiras nas áreas científicas, com programas e ações como o Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação e o Prêmio Mulheres na Ciência.
A pasta também é parceira do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) no Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência, que visa aumentar a presença e permanência de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira.
Meninas nas Ciências
Com investimento de R$100 milhões ao longo de três anos, o programa Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação busca fomentar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em rede, promovendo um modelo colaborativo e eficiente para a produção científica. A meta é financiar até 5.400 bolsas de estudos da educação básica ao doutorado no âmbito dos 126 projetos aprovados na chamada pública.
Na área de estudo das ciências exatas, engenharia e computação há uma tradicional sub-representação feminina.
Para isso, o programa promove a presença, a permanência e a produção de trabalhos científicos de mulheres nessas áreas. Além disso, a proposta visa combater a evasão de mulheres nos cursos de graduação, mitigar as desigualdades de gênero e étnico-raciais nessas carreiras e aproximar as escolas públicas da educação básica das instituições de ensino superior, de pesquisa e de empreendimentos de base tecnológica.
Prêmio Mulheres e Ciência
O Prêmio Mulheres e Ciência terá a sua primeira edição em 2025 e investirá cerca de R$500 mil para reconhecer instituições e pesquisadoras pelo valor de seu trabalho científico, promovendo a diversidade, a pluralidade e a participação de mulheres nas carreiras de ciência, tecnologia e inovação.
O prêmio recebeu um total de 1.131 inscrições, sendo 697 para a categoria Estímulo, na qual concorrem pesquisadoras com até 45 anos de idade; 407 para a categoria Trajetória, voltada a pesquisadoras a partir dos 46 anos de idade; e 27 para a Mérito Institucional, que contempla ações institucionais voltadas à promoção da equidade de gênero. Foram recebidas propostas de todas as regiões do país e de diversas áreas do conhecimento.
O resultado está previsto para o mês de março na celebração dos mês das mulheres.
Fonte: Gov.br