5G vai gerar novos produtos para a área de seguros
Prestes a completar um ano do início do processo gradual de ativação no País, o 5G, integrado a tecnologias como nuvem e Inteligência Artificial (IA), já começa a ser usado por setores da economia como forma de viabilizar novos modelos de negócio.
A Bradesco Seguros, por exemplo, já tem planos de lançamento de produtos que funcionam com base nos diferenciais proporcionados pela quinta geração móvel. Estamos fazendo o seguro de automóvel [no modelo] pay per use, afirmou Gloria Kojima, superintendente-executiva de Tecnologia da seguradora, nesta quinta-feira, 29, durante painel no evento Febraban Tech, em São Paulo.
O produto requer alta velocidade e baixa latência, pois precisamos saber a localização do automóvel, processar em cloud e usar inteligência artificial. Isso tudo combinado vai trazer uma melhor experiência para o cliente, assegurou.
Gloria salientou que a seguradora enxerga o 5G como uma rede celular móvel habilitadora de negócios, sobretudo quando combinada com outras tecnologias. A combinação delas vai acelerar o time to market e isso é importante para poder oferecer novos produtos e seguros, disse.
Saúde
Na mesma mesa de discussão, o diretor-executivo do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e do InovaHC, Marco Bego, contou que o setor de saúde está descobrindo o quão poderoso pode ser o uso do 5G.
Segundo Bego, o instituto tem realizado procedimentos de telemedicina por meio de uma rede privativa de quinta geração móvel. O projeto tem o objetivo de atender pacientes em regiões onde não há médicos à disposição da população.
A infraestrutura tem sido utilizada para realizar exames, como o de ultrassom. Com o 4G, não conseguíamos, porque o streaming de imagem não era bom o suficiente e a latência era muito grande, relatou.
Entendemos que levar o point of care [ponto de atendimento médico] aonde não tem médico é o que precisamos, acrescentou. Bego informou que a rede privativa funciona na frequência de 3,6 Ghz por meio de uma faixa de espectro licenciada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O instituto planeja integrar a rede privada à rede pública.
Fonte: NULL