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Setor precisa renovar linguagem e consolidar relevância social

O Mercado de Seguros encerra 2022 com uma visão otimista em relação ao futuro. Mas, há o reconhecimento de que é preciso mudar, a começar pelos termos adotados pelo setor, além de investir forte na comunicação com a sociedade, principalmente para mostrar a sua extrema relevância social. “Chamamos de prêmio o que o segurado paga”, brincou o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, no tradicional evento de encerramento do ano, realizado nesta quinta-feira (08) pela entidade.

Segundo ele, é preciso difundir a característica social positiva de um setor que repõe rapidamente a renda de uma pessoa, famílias ou empresas, estabilizando a qualidade de vida em momentos de adversidade. “Os números mostram que o setor desempenha muito bem o seu papel, ajudando diretamente os segurados que consideraram esses produtos como parte do planejamento financeiro e, indiretamente, a sociedade e a economia”, acrescentou. Oliveira citou como instrumento importante para essa mudança a campanha publicitária “Seguros, Previdência Privada, Saúde e Capitalização. Pra tudo e pra todos”, veiculada pela CNseg em diversas mídias durante o segundo semestre de 2022. Ele lembrou que essa foi a primeira grande campanha do mercado após muitos anos. “Essa campanha representa uma virada estratégica da comunicação do setor. “A intenção é mostrar a necessidade de uma linguagem mais assertiva e didática. Isso vai ajudar a sociedade a entender a relevância do setor para o seu dia a dia, entendendo que tem seguro para tudo e para todos os bolsos”, pontuou. O presidente da CNseg destacou ainda que há “muito espaço” para o mercado crescer.

Ele lembrou que somente 30% da frota nacional são segurados e apenas 14% dos lares contam com seguro residencial. Além disso, 87% da população economicamente ativa ainda não contam com um plano previdência privada. “O desafio é superar as barreiras de desigualdade e acesso para que esse produto chegue a mais pessoas”, asseverou Oliveira.

Nesse contexto, surge como pilar importante para o futuro do setor, a partir de 2023, a implantação da Iniciativa de Mercado de Seguros (IMS), criada em setembro e composta por representantes do governo e da iniciativa privada. O Objetivo é melhorar o ambiente regulatório e a estrutura competitiva do setor.

Dyogo Oliveira aposta alto nessa iniciativa, argumentando que, até agora, as demandas do setor eram discutidas junto com as do mercado de capitais. “Agora temos um fórum próprio. Com esse espaço, conseguimos mostrar que há uma série de medidas com impacto relevante na concessão de crédito, na redução de custos, no ganho de eficiência e de competitividade e para o ingresso de novos entrantes”, comemorou.

Esse cenário de mudanças, até na forma como o Governo enxerga o mercado, aumenta o otimismo quanto ao futuro do setor, que deve encerrar este ano com um avanço de 17,1% na arrecadação, sem a Saúde Suplementar.

Para 2023, a projeção da CNseg é que haverá um avanço de 2,2% no PIB brasileiro, o que se refletirá diretamente no desempenho do mercado, que deve crescer 10% no próximo ano, já incluindo Saúde. “A aprovação da PEC da Transição e a implementação das medidas fiscais previstas permitirão uma ampliação da renda disponível das famílias e o aumento do investimento público, provocando um aumento da atividade econômica em 2023. Estamos otimistas para o próximo ano”, afirmou Oliveira.

Segundo dados divulgados pela CNseg, em 2022 o destaque vem sendo o segmento de Danos e Responsabilidades, que deve crescer mais de 25%. Já os seguros de Pessoas (seguros de Vida e Planos de Previdência) atingirá um incremento de 13%.

A Capitalização também encerra 2022 com números expressivos, com alta de 18,2%. Com esses números, é possível projetar que o setor encerrará 2022 com participação equivalente de 6,4% do PIB, repetindo o mesmo nível do ano passado. No entanto, para 2023, a CNseg já estima expansão para 6,6%. “Mas, ainda estamos longe da média mundial, que chega a 10%, sem considerar os Estados Unidos, que estão em um ponto fora da curva, com participação de 15% do mercado de seguros no PIB local”, frisou Oliveira.  

Fonte: NULL

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