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Vendas do comércio crescem 0,1% em maio

As vendas do comércio cresceram 0,1% em maio, na comparação com abril, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi o quinto mês seguido de alta – mas o pior desempenho do indicador este ano. “Este resultado mostra um cenário de estabilidade na passagem de abril para maio. Mas, apesar de vir de quatro resultados positivos, as taxas foram decrescentes. Observamos uma retomada no comércio varejista, mas que vem de uma base baixa, dezembro, e sempre fazendo um acúmulo menos intenso ao longo desses meses”, apontou em nota o gerente da PMC, Cristiano Santos.

As principais influências de alta vieram de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria e tecidos, vestuário e calçados. Já no lado negativo, pesaram móveis e eletrodomésticos e outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Artigos farmacêuticos

Destaque no mês, o setor de artigos farmacêuticos teve seu crescimento ligado aos reajustes de preços dos medicamentos, autorizados pelo governo em abril.

Houve alta de 3,6% no volume de vendas, enquanto a receita cresceu 5%. “Esse já é o segundo mês consecutivo de alta, e coincide com os reajustes do setor, nos meses de abril e maio”, explica Santos, do IBGE.

Impactos da inflação

Apesar da alta de 0,1% no volume de vendas do comércio em maio, a receita teve crescimento de 0,4%, mostrando o impacto da inflação no setor.

Entre combustíveis e lubrificantes, esse efeito foi bastante sentido: enquanto o volume de vendas cresceu 2,1% na passagem de abril para maio, a receita teve alta de 3,5%. “Mas o maior exemplo é o setor de supermercados, que de abril para maio cresceu 1% no volume e 4,1% em receita, ou seja, quatro vezes mais, sinalizando sobretudo a inflação dos alimentos”, diz o gerente da PMC.

O segmento de móveis e eletrodomésticos recuou 3% na passagem de abril para maio, na maior queda entre os segmentos pesquisados. Segundo o gerente da pesquisa, a atividade teve perdas consideráveis ao longo de 2021, depois de uma alta na demanda no ano anterior, quando as pessoas, que ficaram mais em casa, acabaram gastando mais com esses itens. “Após essa demanda extraordinária, esses produtos passaram a ter menos importância no orçamento das famílias, sobretudo eletrodomésticos”, apontou o gerente da pesquisa. 

Fonte: NULL

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