Setor de serviços cresce 1,7% em março e fecha 1º trimestre no azul
O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 1,7% em março, na comparação com fevereiro, segundo divulgou nesta quinta-feira (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a segunda alta seguida e o melhor resultado para meses de março desde 2011, quando teve início a série histórica da pesquisa.
Na comparação com março do ano passado, a alta foi de 11,4%. “Com esse resultado, o setor recupera a perda de 1,8% de janeiro, alcança o maior nível desde maio de 2015 e fica 7,2% acima do patamar pré-pandemia”, destacou o IBGE.
O resultado veio acima do esperado.
A mediana de 26 estimativas de consultorias e instituições financeiras compiladas pelo Valor Data era de alta de 0,9% em março, ante fevereiro.
O IBGE revisou o resultado de fevereiro, que passou de uma queda de -0,2% para uma alta de 0,4%. “A gente atribui esse bom desempenho do setor de serviços, sobretudo, àqueles serviços prestados às empresas, menos aos serviços prestados às famílias, único dos cinco segmentos do setor que ainda não recuperou o patamar pré-pandemia”, apontou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
No acumulado do ano, o volume de serviços prestados no paós subiu 9,4% frente a igual período de 2021. Em 12 meses, a alta acumulada passou de 13% em fevereiro para 13,6% em março, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021.
O setor alcançou o maior patamar desde maio de 2015, mas ainda segue 4% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em novembro de 2014. O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira e tem apresentado uma recuperação desigual, com os serviços prestados às famílias ainda rodando em um nível de atividade abaixo do padrão pré-pandemia.
Todas as cinco atividades investigadas pela pesquisa cresceram no mês, com destaque para os transportes (2,7%), para os serviços de informação e comunicação (1,7%) e serviços prestados às famílias (2,4%). Dentre os setores que mais influenciaram a alta dessa atividade está o rodoviário de cargas, especialmente o vinculado ao comércio eletrônico e ao agronegócio.
É a principal modalidade de transporte de carga pelas cidades brasileiras e seu uso ficou ainda mais acentuado após os meses mais cruciais da pandemia, explico o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
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