Mercado projeta alta maior da inflação
O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2021 e em 2022.
Os analistas também passaram a estimar a taxa básica de juros da economia acima de 10% ao ano em 2022. As previsões constam do relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Banco Central (BC).
Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para este ano subiu de 8,96% para 9,17%.
Foi a trigésima semana seguida de aumento e a primeira vez que a estimativa ficou acima da marca dos 9%. O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%.
Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%).
Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,40% para 4,55% a estimativa de inflação. Foi a 15ª alta seguida. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia. Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
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