Mercado volta a elevar a estimativa para a inflação
O mercado financeiro elevou a estimativa para a inflação oficial do país para quase 9% neste ano. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para este ano subiu de 8,69% para 8,96%. Foi a vigésima nona semana de aumento.
O centro da meta de inflação, em 2020, é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Com isso, a projeção do mercado já está acima do dobro da meta central de inflação (7,5%). A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia. Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.
Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,18% para 4,40% a estimativa de inflação. Foi a décima quarta alta seguida.
No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
Outras estimativas
Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45. Para o fim de 2022, avançou de R$ 5,25 para R$ 5,45 por dólar.
Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 subiu de US$ 70,25 bilhões para US$ 70,5 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 63,65 bilhões para US$ 63 bilhões de superávit.
Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 50 bilhões. Para 2022, a estimativa caiu de US$ 60,25 bilhões para US$ 60 bilhões.
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