Justiça decide sobre indenização que pode chegar a R$ 1 bilhão
Reportagem publicada pelo jornal O Globo, no blog “Capital”, informa que o direito a uma indenização que pode chegar a R$ 1 bilhão (a preços corrigidos) será julgado, em segunda instância, pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (25 de novembro). A ação, movida pela Anglo American contra a Chubb e que foi julgada improcedente em primeira instância, refere-se a um desmoronamento de um barranco em um cais flutuante ocorrido no Porto de Santana, no Amapá, há sete anos. O valor inicialmente pretendido de indenização somava R$ 360 milhões.
O risco estava coberto pela Chubb, que negou a indenização, argumentando ter havido negligência da mineradora na armazenagem do minério.
A mineradora perdeu a ação há dois anos, quando o Tribunal acolheu os argumentos da seguradora.
Agora, no julgamento em segunda instância, a decisão caberá ao desembargador Fernando Fernandy Fernandes.
ACIDENTE.
O sinistro ocorreu em março de 2013, quando o solo sob o porto se rachou e escoou para o leito do rio Amazonas, causando prejuízos e levando à morte de seis trabalhadores.
Na época, a Itaú Seguros entrou com uma ação declaratória negativa, pedindo que a Justiça respaldasse sua decisão de não pagar indenização, enquanto a Anglo iniciou processo exigindo o pagamento.
No ano seguinte, a Itaú vendeu sua carteira de grandes riscos à seguradora Ace (hoje Chubb), que deu continuidade à disputa judicial.
O Porto de Santana data dos anos 1950 e fora vendido à Anglo American em 2008 pela MMX, do ex-magnata Eike Batista.
Parte da demora do processo é explicada pela necessidade de perícia técnica, que levou quase dois anos para ser concluída.
Fonte: NULL