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Live sobre Prêmio de Jornalismo apresentou casos vencedores

Jornalistas das instituições promotoras do Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros 2020 – Vera Soares, da CNseg, Fernando Gonçalves, da ENS, e Jorge Clapp, da Fenacor, além de Gabriel Oliven, da Lupa Comunicação, braço de organização da iniciativa – estiveram reunidos em live na última quinta-feira, 10, nos canais da ENS no YouTube e no Facebook. Em pauta, detalhes da quinta edição do concurso e um bate papo com dois convidados especiais.

Os jornalistas Felipe Datt, do Valor Econômico, e Luciana Casemiro, d’O GLOBO, vencedores em anos anteriores, participaram do evento para mostrar um pouco do processo de criação das reportagens vencedoras. Eles ressaltaram a importância do projeto como um incentivador do trabalho da categoria e também do seguro como instrumento de proteção social.

“Acho muito importante o fato de os colegas envolvidos na produção deste prêmio destacarem que ele não é uma cooptação. Passamos por um momento tão ruim para nossa profissão, em que estamos sendo tão atacados, tão desrespeitados, que é muito bom sabermos que há um fórum em que temos toda a liberdade de escrever. Faço a coluna de Defesa do Consumidor, do jornal O Globo, sobre a qual as pessoas brincam, dizendo que é um espaço para falar mal das empresas. Porém, sempre tive todo trânsito com as casas envolvidas na promoção do prêmio – ENS, Fenacor e CNseg. Portanto, é um momento importante para reforçarmos a pluralidade. O setor de seguros é muito importante economicamente e vivemos ainda numa sociedade diversa educacionalmente e economicamente. Então, seguro é um tema recorrente na coluna pela própria dificuldade que as pessoas têm de entender o que é o seguro”, declarou Luciana Casemiro.

A reportagem com a qual Luciana venceu o prêmio, na categoria Jornal Impresso, edição de 2017, tratava do “golpe” promovido pelas Associações de Proteção Veicular. “Esta proteção era vendida como seguro, daí, o golpe, porque ela não é seguro, não tem grupo de risco, não tem nada que garanta o pagamento do prêmio. Percebemos que isso estava acontecendo em várias partes do País e no Rio de Janeiro também. As pessoas comprando para assegurar seus veículos, buscando um preço mais acessível para o tal “seguro”. No final, não recebiam nada, pois havia uma série de exigências. Foi daí que surgiu a matéria para a coluna, a fim de alertar os consumidores sobre o que era a proteção veicular e a diferença dela para o seguro e os riscos assumidos ao optarem por fazer a escolha por aquela “categoria” de proteção”, explicou a jornalista.

Reportagem vencedora da última edição tratou sobre fusões no mercado segurador

Repórter e colaborador nos veículos Valor Econômico, Época Negócios e Pequenas Empresas e Grandes Negócios, Felipe Datt foi finalista nas edições de 2017 e 2018 do prêmio e, em 2019, conseguiu vencer na categoria Web Jornalismo. A matéria premiada foi publicada no Valor Econômico com o título “Revolução silenciosa redesenha o setor”, mostrando como o mercado segurador conquista maior competitividade com fusões e aquisições.

“Cubro o setor de seguros há 10 anos. E foi uma das áreas que gostei com mais profundidade, logo cedo, talvez por ser muito regulado, por ter muitos números. Ou seja, um setor sobre o qual você decide fazer uma pauta e tem muito embasamento. Há muito material, teorias e números para comprovação, além de ser um segmento de fácil acesso aos executivos, o que facilita o trabalho. A pauta com a qual eu ganhei o prêmio foi muito bem sacada pelos editores. Ela surgiu de uma junção de anúncios no mercado de parcerias, vendas cruzadas, join venture, fusões e aquisições. A ideia foi, de fato, juntar tudo isso e transformar no que é uma tendência do mercado. Em 2010, 2011, já víamos o casamento da Mapfre com o BB e, de 2016 para cá, isso foi intensificado de uma maneira inédita. Foi o que o presidente da CNseg, Marcio Coriolano, chamou de ‘revolução silenciosa do mercado’, o que acabou dando o título para a minha reportagem”, contou Felipe Datt.

Mediador da live, o 2º vice-presidente Administrativo da Fenacor, Érico Melo, lembrou que, desde 2016, quando o Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros foi instituído, a Federação contabilizou cerca de 3 mil trabalhos inscritos, reunindo mais de 500 jornalistas. “O seguro é a maior ferramenta de proteção social já inventada pela humanidade. E o momento é dos mais oportunos para tratarmos de seguro e de uma iniciativa como esta”, declarou.

Categoria especial sobre Formação e Qualificação Profissional

“Esta foi uma categoria muito bem-vinda ao tratarmos de um prêmio que fala sobre seguros. É até redundante dizermos que formação e qualificação profissional são importantes. Qualquer setor que entendamos como minimamente bem-sucedido precisa e demanda profissionais qualificados. Porém, quando falamos de seguro, dadas as características do nosso setor, este aspecto ganha contornos especiais. Seguro é um tema complexo e o mercado é muito dinâmico. A todo momento somos impactados por novos produtos, questões regulatórias sendo modificadas, novas normas sendo editadas. Isso tudo obriga nossos profissionais a terem uma necessidade constante de aperfeiçoamento, de atualização, para que eles tenham um desempenho e uma prestação de serviços de excelência. Outro aspecto que acentua essa importância da capacitação para o profissional de seguros é a grande quantidade de formações e profissões que o nosso setor abraça. Nele, militam administradores, economistas, atuários, advogados, estatísticos, jornalistas, médicos”, esclareceu o coordenador de Comunicação Social da ENS, Fernando Gonçalves, ao falar sobre a nova categoria incluída neste ano, Formação e Qualificação Profissional.

A superintendente executiva de Comunicação e Imprensa da CNseg, Vera Soares, trouxe dados econômicos importantes do setor, a fim de corroborar a importância da continuidade da iniciativa. “No ano passado, o setor segurador brasileiro arrecadou cerca de R$ 490 bilhões, ele ocupa o 16º lugar no ranking mundial, lidera na América Latina, e tem um papel super importante na economia, não apenas pelo seu poder estratégico, por dar suporte e cobertura ao risco, como também é da natureza do negócio de uma seguradora acumular ativos que vão garantir toda aquela cobertura que ela está sendo contratada para assegurar. E esses ativos, hoje em dia, estão superando R$ 1 trilhão, o que equivale a cerca de 25% da dívida pública. O que torna o setor segurador um dos maiores investidores institucionais do País”, avaliou.

O coordenador do Núcleo de Economia da Lupa Comunicação, Gabriel Oliven, comentou que esta quinta edição do Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros é sobretudo uma prova da vitalidade do setor. “Um setor que é conhecido pela resiliência e resistência nas crises está dando uma prova destas qualidades neste momento crítico da pandemia. Além disso, a iniciativa funciona como uma homenagem que a Fenacor, a CNseg e a ENS prestam a todos os profissionais que se dedicam diariamente à cobertura dos vários ramos do seguro”, ressaltou.

Prêmio reconhece importância do jornalista ao propagar relevância do seguro

Diante da importância inegável do setor, o assessor de Imprensa da Fenacor, Jorge Clapp, ressaltou o orgulho de ter participado do momento de criação do prêmio, em 2016. “O reconhecimento da importância do jornalista, especificamente no caso do mercado de seguros, ao propagar a imensa relevância deste setor para a sociedade, é fundamental. Mas, para que essa proteção avance ainda mais, é preciso apontar para todos os setores da sociedade o que de fato representa o seguro. Principalmente, aqueles setores que mais necessitam de proteção neste momento, as pessoas mais carentes, indivíduos que não tiveram acesso ao seguro, às várias proteções que o seguro tem, disponíveis para todo tipo de bolso e carência. E ninguém pode fazer isso de forma tão eficiente e levar estas informações de forma tão clara e independente como a imprensa. Portanto, gostaria de deixar claro que a intenção do prêmio não é, nem nunca foi, cooptar apoio e simpatia de jornalistas para uma causa. Não há intenção de ter uma imprensa parceira, porque corre-se o risco de uma imprensa parceira não ser imprensa verdadeiramente”, concluiu.

Poderão concorrer reportagens e matérias veiculadas entre 11 de novembro de 2019 e 15 de novembro de 2020. As inscrições devem ser feitas até 16 de novembro. Demais detalhes estão disponíveis no regulamento, no endereço http://ens.vc/premiojornalismo. 

Fonte: NULL

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