Comércio com países vizinhos enfrenta problemas
O momento político no qual estão mergulhados vizinhos importantes do Brasil passou a ser uma variável cada vez mais incorporada às estratégias das empresas que comercializam produtos na América do Sul.
Do ponto de vista estrutural, a corrente de comércio na região não vem revelando grandes notícias há tempos, mas ultimamente passou a lidar com dificuldades bem mais complexas e imprevisíveis.
Há sinais vindos da Argentina e eles podem não ser isolados. Com as exportações em queda, a previsão é de um déficit comercial inédito com o país em quase 20 anos.
Em relação ao Chile, o fluxo de trocas não foi afetado (até agora) de maneira tão drástica – embora os setores mais tradicionais temam pelo pior.
Os protestos de rua em Santiago respingaram em parte do PIB e, nos moldes do que a greve dos caminhoneiros fez com o Brasil, o crescimento chileno será menor este ano, o que afeta, no mínimo, a confiança em fazer negócios.
Na Bolívia, a tensão social lança temores sobre a indústria brasileira que depende do gás.
Como em outros períodos de crise política, manifestantes promoveram há algumas semanas invasões em plantas de produção, reforçando uma atmosfera de conflito e causando instabilidade econômica.
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