Correio debate os avanços no Simples
As micro e pequenas empresas podem e querem crescer mais. Para isso, a modernização do Simples Nacional se faz necessária. Em vista da irremediável discussão sobre o tema e da importância de estar à frente desse assunto, o Correio sedia nesta terça-feira o “Correio DebateOs Avanços do Sistema Simples Nacional”.
Participarão do debate importantes líderes empresariais e políticos, como o presidente do Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos; o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Francisco Honório Pinheiro; o senador José Pimentel (PT-CE); e o deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF). O seminário ocorrerá no auditório do jornal, das 8h e àsl lh.
Após dois anos de recessão, criar condições para empresas do Simples ficarem em dia com o Fisco é fundamental para a sobrevivência do mercado. Afif Domingos ressalta que as micro e pequenas respondem por 98% dos empreendimentos no país e por 57% dos empregos gerados. As empresas estão sob muitos escombros após a passagem do furacão da crise. Nenhuma quis deixar de pagar imposto. Foi por absoluta necessidade de sobrevivência, sustentou.
Entre os temas que serão discutidos está o Projeto de Lei Complementar 171/2015, de autoria do deputado Geraldo Resende (PS-DB-MS). O texto tem por objetivo autorizar o parcelamento das dívidas tributárias das empresas op-tantes pelo Simples Nacional em até 180 meses. Ou seja, um Refis para micro e pequenas empresas, com previsibilidade de prestação, redução de Juros e multas.
Segundo Afif, para sobreviverem durante a crise, essas empresas tiveram que pagar salários e fornecedores, e, agora, precisam ficar adimplentes com o Estado. O presidente do Sebrae lembra que, apesar de o governo ter sancionado, em outubro, um Refis específico para médias e pequenas empresas, o presidente Michel Temer vetou a inclusão das optantes do Simples no programa.
O argumento, segundo Afif, foi que o Refis para o segmento não poderia ser feito por meio de MP. No ano, quem está gerando mais de 300 mil vagas são as micro e pequenas. Nesse período, as grandes fecharam 180 mil postos. Estamos refinanciando quem desemprega e não quem gera emprego, criticou.
Fonte: Correio Braziliense