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Qualificação pode reduzir diferença nos salários

O estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) revela que os efeitos da terceirização variam de acordo com o setor analisado. Segundo o economista Hélio Zylberstajn, da FEA-USP e um dos autores do levantamento, em segmentos onde o nível de qualificação exigido do trabalhador é maior, as diferenças salariais para quem passa a ser terceirizado tendem a ser menores.

O setor de pesquisa e desenvolvimento é um exemplo. Pela pesquisa, quem passou a prestar os serviços em uma empresa terceirizada viu o rendimento cair 2,47%. Já no caso do telemarketing, o recuo chega a 8,81%.

– Quando se observam os setores, a diferença dos salários está relacionada ao grau de qualificação. Em linhas gerais, quanto maior esta, menor a diferença entre os rendimentos – destaca Zylberstajn.

AUMENTAR A PRODUTIVIDADE

O estudo Diferencial de salários da mão de obra terceirizada no Brasil traz ainda outros quatro setores analisados. No caso de segurança/vigilância, a terceirização elevou o salário em 4,94%. Para os trabalhadores de montagem e manutenção de equipamentos, a terceirização reduziu o salário em 5,94%. Percentuais semelhantes de queda foram observados nos setores de limpeza e conservação (5,95%) e tecnologia da informação (5,48%).

– Com o aumento esperado da terceirização (com a Reforma trabalhista), é possível acreditar que essas diferenças possam cair a partir de agora. Mas tudo vai depender do setor. Até hoje a terceirização não precarizou o trabalho. Ela é bem-vinda se aumentar a a produtividade. 

Fonte: O Globo

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