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Aumento de combustíveis gera inflação

De acordo com a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, o aumento da tributação sobre os combustíveis tende a gerar uma alta da inflação de até 0,5 ponto percentual no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.

Segundo ela, porém, esse aumento da inflação será “transitório” e não deverá se refletir em toda cadeia de produtos e serviços da economia.

“A atividade segue fraca e o BC não vê o efeito [do aumento de combustíveis] cheio em si, mas os efeitos na cadeia”, disse Zeina. Ela apontou ainda que existe hoje “uma folga enorme” na inflação deste ano em relação à meta central de 4,5%, o que também vai pesar na decisão do Copom.

Para Flavio Serrano, economista sênior do Haitong Bank no Brasil, com a economia vivendo uma certa “letargia” para se recuperar, a inflação tende a permanecer comportada e, com isso, os juros devem recuar para 9,25% ao ano nesta semana e para 8% ao ano no fim de 2017.

“Juro mais baixo, no patamar de um dígito, é emblemático porque a gente quase nunca conseguiu ter isso no Brasil”, observou o economista.

A taxa básica da economia, segundo a autoridade monetária, ficou abaixo de 10% ao ano somente entre junho de 2009 e o mesmo mês de 2010, e depois entre março de 2012 e novembro de 2013. Ou seja, por cerca de dois anos e meio, ao todo. A série histórica do BC começa em 1996.

“Para a empresa, uma taxa mais baixa tende a estimular investimentos, mas também beneficia as pessoas físicas, impactando o cheque especial, o CDC, o crédito imobiliário e o crédito para veículos. Isso tende a estimular o consumo”, afirmou Serrano.

De acordo com ele, essa redução mais pronunciada dos juros deve levar a economia a uma “reação” no ano que vem.

Fonte: G1

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