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Governo estuda criar subsidiária para Congonhas e Santos Dumont

A Secretaria de Aviação Civil (SAC) estuda a criação de uma subsidiária da Infraero com capital aberto para gerir quatro grandes aeroportos: Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Curitiba e Manaus. Na avaliação do governo, esses aeroportos estão entre os mais valiosos do país e podem atrair investidores importantes.

Em entrevista ao “Estado de S. Paulo ontem, o secretário da SAC” Dario Rais Lopes, descartou conceder esses ativos, lembrando que o sistema Infraero precisa ser rentável. Congonhas e Santos Dumont estão localizados em capitais importantes, enquanto Manaus tem um aeroporto rentável em função do grande volume de carga que circula no local por causa da indústria da Zona Franca.

AMPLIAÇÃO DE CONGONHAS

Também faz parte do plano da SAC ampliar a capacidade do aeroporto de São Paulo de modo que ele fique ainda mais interessante ao setor privado. Segundo o secretário, a ideia é aumentar o número de slots (horários disponíveis para pousos e decolagens). Ele passaria de 33 por hora para um patamar entre 40 e 45 por hora. Congonhas, no entanto, já chegou a operar com mais de 50 slots por hora.

De acordo com dados da Infraero, Congonhas tem capacidade para 17,1 milhões de passageiros por ano e Santos Dumont, 9,9 milhões de passageiros. O volume de passageiros em Congonhas chegou a 19,2 milhões em 2015 – acima da capacidade – e no Santos Dumont, 9,2 milhões.

Segundo a empresa especializada no mercado de aviação OAG (Official Airline Guide), a rota São Paulo-Rio ocupa a décima posição no ranking mundial em termos de oferta de passageiros. Em 2014, a receita do Santos Dumont foi de R$ 194,2 milhões, a de Congonhas, R$ 315,9 milhões.

No fim do ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o governo apresente em até 90 dias um plano de recuperação para a Infraero. Uma auditoria realizada na estatal constatou que a empresa perdeu mais da metade das receitas com as concessões dos aeroportos e que não foram tomadas medidas para reduzir despesas, na mesma proporção.

Relatório do Tribunal alertou para o risco de a Infraero se tornar uma estatal dependente do Tesouro Nacional e chamou atenção para a piora na qualidade do serviço para os usuários, porque há quadro excedente de pessoal e faltam recursos para custear as demissões voluntárias dos funcionários.

Fonte: O Globo

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