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Queda dos juros vai incentivar retomada dos investimentos em 2017

O presidente Michel Temer afirmou ontem que o recuo de quatro pontos na inflação desde que assumiu o governo, em maio do ano passado, abre espaço para a redução dos juros pelo Banco Central (BC) – que se reúne esta semana na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano -e a retomada dos investimentos no país em 2017. O IPCA, índice oficial de inflação, já recuou de 10,70% para a casa dos 6,70% – e a expectativa de analistas é que fique abaixo do teto da meta, que é de 6,5%, quando forem fechados os números de 2016.

– A inflação foi controlada. Os juros começaram a cair. E é claro que eu não quero dar palpite nessa área (política monetária), que é muito delicada, mas certa e seguramente, com a inflação caindo, naturalmente os juros irão cair – afirmou Temer, que entregou ontem a prefeitos gaúchos 61 ambulâncias dentro do programa de renovação da frota do Samu.

De acordo com o presidente, o corte das taxas de juros deve ser comemorado não apenas pelo governo federal, mas por estados e municípios. Quanto menor a Taxa Selic, menores os juros cobrados pelos bancos, o que abre espaço para que as empresas tomem empréstimos para investimentos na ampliação da produção, defendeu Temer.

SEM PIRES NA MÃO

O presidente disse, ainda, que deseja que seu governo seja lembrado, daqui a dois anos, como aquele que realizou grandes reformas no país. Entre elas, citou a da Previdência e a das relações trabalhistas, já encaminhadas por sua administração, em dezembro.

Como forma de atingir a população de baixa renda, ele destacou o programa Cartão Reforma, lançado há poucos meses pelo governo federal.

– Temos de enfatizar dois vetores: a responsabilidade fiscal, que é o teto de gastos, a reforma da Previdência, as relações trabalhistas; e a responsabilidade social, porque temos um país com pessoas ainda muito pobres – sustentou o presidente. – A reforma da Previdência já foi encaminhada ao Congresso Nacional e já ganhou admissibilidade na Comissão de Constituição e Justiça. A modernização da legislação trabalhista já está ajustada e vai de comum acordo para o Congresso Nacional.

Outra reforma, disse, será a do sistema tributário, a fim de que se possa atingir “uma revisão do pacto federativo”, para que, “a todo momento, estados e municípios não tenham que comparecer na União de pires na mão” para pedir recursos.

Fonte: O Globo

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