Para 44% das empresas, vendas de flores para Finados deve ser menor
Pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo (Sindiflores) e da Hórtica Consultoria e Inteligência de Mercado mostra que 44% das empresas varejistas de flores e plantas ornamentais entrevistadas acreditam que venderão, neste ano, menos do que no ano passado no Dia de Finados.
Uma parcela de 39% apontou para a estabilidade de vendas comparativamente ao Dia de Finados de 2015, enquanto que apenas 17% das floriculturas e empresas de distribuição varejista de flores apostam no aumento de seu faturamento para a data, comparativamente ao ano anterior. Para essas, no entanto, o percentual médio de aumento projetado foi de apenas 10% sobre a mesma data em 2015.
Entre os fatores determinantes da estabilidade ou da queda das vendas de flores pelas floriculturas no Dia de Finados de 2016 estão o agravamento da situação econômica da população brasileira, com menores condições financeiras para o consumo (50% das empresas entrevistadas), concorrência com o comércio ambulante (fator considerado por 75% da amostra) e venda de flores pelos super e hipermercados (para 77,5%).
Comércio ambulante
A atuação do comércio ambulante é apontada como responsável pela redução das expectativas de faturamento do comércio de flores para a data, que, para 2016, atingiu o patamar de 31,8% – crescimento de 3,5 pontos percentuais em relação ao ano passado, quando foi de 28%.
A pesquisa revelou que 81% das floriculturas e empresas varejistas entrevistadas acreditam que a atuação do comércio ambulante reduzirá suas vendas de flores para o Dia de Finados de 2016 em até 30%. Para 3% delas, o prejuízo ficará entre 30% e 40%, e 16% pensam que o impacto negativo será pode ser mais de 40% de prejuízo sobre o total das vendas potenciais para a data.
Supermercados
Além dos ambulantes, os supermercados também são apontados como agentes responsáveis pela redução do potencial de vendas das floriculturas para o Dia de Finados. Para as empresas varejistas de flores e plantas ornamentais entrevistadas, a queda do faturamento das floriculturas por causa dessa concorrência atingirá 23,4% de suas vendas potenciais.
O índice foi menor do que o encontrado para a mesma data do ano anterior, quando o percentual de respostas obtidos foi de 28%, o que parece apontar para uma estabilidade da distribuição das vendas de flores entre esses canais no mercado varejista nesta data.
Flores mais vendidas
Os crisântemos lideram historicamente a preferência de compra dos consumidores no momento de prestar homenagens aos mortos. Eles devem representar 64% das vendas setoriais no varejo para a data.
Comparativamente ao ano anterior, a participação dessa flor nas homenagens póstumas elevou-se de 42% para 64%, evidenciando a disposição do cliente em reduzir seus gastos, já que os crisântemos são as opções mais econômicas e duráveis do mercado.
Em seguida vêm as rosas, com 22% das preferências. No caso dessas flores, o percentual obtido é idêntico ao encontrado no ano anterior.
Kalanchoes, calandivas e margaridas devem ficar com 7% das compras, índice inferior aos 18% verificados em 2015.
As orquídeas, presentes entre as opções de 2014 e 2015, desta vez não apareceram na pesquisa, confirmando a tendência de busca do consumidor por itens economicamente mais acessíveis.
Tíquete médio
O consumo de flores para o Dia de Finados 2016, segundo as empresas entrevistadas, deverá ser em média de R$ 27,83 por compra, o que representa aumento de 47,24% em relação ao ano passado e que praticamente restabelece o patamar já gasto há dois anos atrás, quando o valor gasto ficou em R$ 25,12.
A maioria das empresas entrevistadas (44%) acredita que o tíquete médio de vendas de flores ficará entre R$ 15 e R$ 30. Uma fatia de 28% delas aposta em valores per capita de compra de até no máximo R$ 15, enquanto duas outras parcelas de 18% e de 10% apostam, respectivamente, em vendas entre R$ 30 e R$ 60 e de mais de R$ 60.
Para o Dia de Finados de 2016, as vendas serão pagas majoritariamente em cartão de crédito (76,2%), seguidas por pagamento em dinheiro (19,1%) e boleto bancário (4,7%).
Fonte: G1