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DPVAT: Indenizações estão em baixa

O número de indenizações pagas pelo seguro obrigatório de veículos automotores (DPVAT), contrariando a série histórica, de 2009 para cá, caiu pela primeira vez. O recuo foi de 7,3%, de 559.123 casos, de janeiro a setembro de 2014, para 518.302 até setembro último, segundo estatísticas da Seguradora Líder, responsável pela administração do produto. Até então, apenas a cobertura de morte vinha apresentando queda, sem influir para uma queda no quadro geral de sinistros resolvidos.

Agora, ainda no acumulado até setembro, os acidentes fatais diminuíram nada menos que 17,3%, ante igual período de 2014. As indenizações pagas desceram para 33.251 ocorrências, contra 40.198 um ano antes. A cobertura de despesas hospitalares, por sua vez, declinou de 88.603 casos para 75.803 no período analisado: queda de 16,9%. E, igualmente pela primeira nos últimos seis anos, os eventos de invalidez permanente caíram, ao passar de 430.322 registros para 409.248, de setembro de 2014 para setembro deste ano. A queda foi de 5,1%, influindo fortemente para a queda no quadro geral de sinistros liquidados.

O presidente da Seguradora Líder, Ricardo Xavier, diz que “a notícia é boa”, mas ainda há um longo caminho a percorrer. “Vemos como uma evolução, desde o início das operações da seguradora, esta redução no número de indenizações pagas por invalidez permanente, pois vinha crescendo de forma progressiva”. Segundo ele, a queda de mortes e reembolsos de despesas médicas é uma tendência que vem se revelando nas últimas estatísticas.

Na avaliação dele, “isso mostra que o esforço em realizar uma fiscalização mais incisiva, tornar os veículos mais seguros e melhorar a percepção da população quanto aos riscos do trânsito vem surtindo efeito”. Ele acrescenta que os números, contudo, ainda são comparáveis a de uma guerra civil, “o que nos mostra que temos muito trabalho pela frente”.

A motocicleta foi o veículo com o maior número de indenizações de janeiro a setembro deste ano e, apesar de representar apenas 27% da frota nacional, concentrou 76% dos sinistros liquidados. Do total das indenizações pagas por acidentes com moto, 82% foram para invalidez permanente e 4% para morte.

Situação regional

As estatísticas mostram ainda que o Sudeste concentrou a maior incidência de acidentes com vítimas fatais (37%) no acumulado do ano até setembro, com maior participação dos automóveis (48%). A frota de automóveis do Sudeste representa 55% da frota nacional dessa categoria e a região concentra 49% do total de veículos do Brasil cobertos pelo seguro DPVAT.

O Nordeste teve a segunda maior incidência (28%), porém com maior participação das motocicletas, que representaram 61% das indenizações por morte. A região concentra 17% do total de veículos do País, sendo que a sua frota de motocicletas representa 45% do total de veículos dos estados nordestinos. Já o Norte concentrou 8% das indenizações por morte no período analisado, sendo que 60% foram por acidentes fatais envolvendo motocicletas. A região concentra apenas 9% da frota nacional de motocicletas, porém essa categoria representa 49% do total de veículos da região.

O Sul foi responsável por 17% das indenizações por morte pagas no período analisado, sendo que sua frota corresponde a 20% do total do Brasil. Do total de mortes na região, 53% corresponderam a acidentes com automóveis, 33% com motocicletas, 11% com caminhões e pick-ups e 3% com ônibus e vans.

O Centro-Oeste, por fim, respondeu por 10% das indenizações por acidentes fatais pagas de janeiro a setembro deste ano. Sua frota corresponde a 9,11% do total do Brasil. Das mortes verificadas na região, 45% foram ocasionadas por carros, 42% por motos, 11% por caminhões e pick-ups e 2% por ônibus e vans.

 

Fonte: Jornal do Commercio

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